Perdão; a ação que liberta e cura
Você já se sentiu preso a um sentimento de culpa, mágoa ou ressentimento? Ou você já teve dificuldade de perdoar alguém que te feriu ou te ofendeu? Você já se perguntou como Deus pode perdoar os nossos pecados e nos aceitar como somos?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, este artigo é para você. Neste post, vamos explorar o tema do perdão à luz da Bíblia, da história, da geologia, da geografia e do direito autoral. Vamos ver como o perdão é uma ação que liberta e cura, tanto quem perdoa quanto quem é perdoado. Vamos aprender como podemos praticar o perdão em nosso dia a dia e como podemos experimentar o perdão de Deus em nossa vida.
O que é o perdão?
O perdão é uma decisão voluntária de não guardar rancor, vingança ou ódio contra alguém que nos causou algum mal. É uma atitude de renúncia ao direito de exigir reparação ou punição pelo dano sofrido. É uma disposição de reconciliação e restauração do relacionamento rompido.
O perdão não significa esquecer o que aconteceu, nem minimizar a gravidade do erro, nem concordar com o mal feito. Pelo contrário, o perdão também não depende do arrependimento ou do pedido de desculpas do ofensor. O perdão é um ato unilateral, que parte de quem foi ofendido, e que visa o bem de ambos.
O perdão é um conceito central na Bíblia, que revela o caráter e a vontade de Deus para a humanidade. A palavra perdão aparece mais de 100 vezes nas Escrituras, em diferentes contextos e situações.
Perdão; a ação que liberta e cura – Vejamos alguns exemplos:
– O perdão é um atributo de Deus.
A Bíblia diz que Deus é “compassivo e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Não acusa sem cessar nem fica ressentido para sempre; não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniquidades” (Salmo 103:8-10). Deus é o primeiro a perdoar os nossos pecados quando confessamos e nos arrependemos diante dele (1 João 1:9).
– O perdão é um mandamento de Deus.
A Bíblia diz que devemos perdoar uns aos outros, assim como Deus nos perdoou em Cristo (Efésios 4:32). Jesus ensinou que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete (Mateus 18:21-22). Ele também disse que se não perdoarmos os nossos irmãos de coração, Deus também não nos perdoará (Mateus 6:14-15).
– O perdão é uma demonstração de amor.
A Bíblia diz que “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:4-7). O amor cobre uma multidão de pecados (1 Pedro 4:8).
O contexto histórico do perdão
O perdão é uma prática antiga, que remonta aos tempos bíblicos. Na cultura judaica, o perdão era visto como uma forma de restaurar a comunhão com Deus e com o próximo. Para isso, era necessário cumprir alguns rituais e leis, como oferecer sacrifícios de animais no templo, jejuar e orar no dia da expiação (Yom Kipur), e seguir as regras do jubileu (Levítico 25).
No entanto, esses meios externos não eram suficientes para garantir um perdão verdadeiro e completo. Por isso, Deus enviou o seu Filho Jesus Cristo ao mundo, para ser o sacrifício perfeito pelos nossos pecados. Jesus morreu na cruz para pagar o preço da nossa culpa e nos reconciliar com Deus. Ele ressuscitou ao terceiro dia para nos dar a certeza da nossa salvação e da nossa esperança. Ele nos deu o seu Espírito Santo para nos capacitar a viver uma vida nova e santa.
Jesus também foi o maior exemplo de perdão que já existiu. Ele perdoou os seus inimigos, os seus traidores, os seus algozes, os seus acusadores, os seus negadores, os seus abandonadores. Ele perdoou até mesmo na hora da sua morte, quando disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34).
Perdão; a ação que liberta e cura
O perdão também tem uma dimensão geológica e geográfica, que nos ajuda a compreender melhor o seu significado e o seu alcance. Vejamos alguns exemplos:
– O perdão é como um terremoto.
Um terremoto é um fenômeno natural que ocorre quando há um movimento brusco das placas tectônicas da Terra, causando abalos sísmicos, rachaduras, deslizamentos e tsunamis. Um terremoto pode provocar muitos danos materiais e humanos, mas também pode gerar mudanças positivas, como a formação de novas montanhas, ilhas e lagos. Da mesma forma, o perdão é um evento que sacode as nossas estruturas internas, quebra as nossas barreiras emocionais, desfaz as nossas amarras espirituais e gera novas oportunidades de crescimento, cura e restauração.
– O perdão é como um rio.
Um rio é um curso de água que nasce em uma fonte e deságua em um mar ou em um lago. Por isso ele pode ter diferentes características, como largura, profundidade, velocidade, cor e temperatura. Então ele pode ser fonte de vida ou de morte, dependendo da sua qualidade e do seu uso. Além disso um rio pode ser poluído ou limpo, caudaloso ou seco, navegável ou intransponível. Da mesma forma, o perdão é um fluxo de graça que nasce em Deus e chega até nós. Então o perdão pode ter diferentes níveis, como superficial ou profundo, rápido ou lento, fácil ou difícil. O perdão pode ser fonte de bênção ou de maldição, dependendo da nossa disposição e da nossa atitude. Por fim o perdão pode ser dado ou recebido, compartilhado ou retido, vivido ou ignorado.
– O perdão é como uma ponte.
Uma ponte é uma construção que liga dois pontos separados por um obstáculo, como um rio, um vale ou um abismo. Então uma ponte pode ter diferentes formas, materiais e funções, como arco, viga, suspensão, madeira, metal ou concreto. Todavia uma ponte pode servir para transporte, comunicação ou turismo. Uma ponte pode ser segura ou perigosa, bonita ou feia, antiga ou moderna. Da mesma forma, o perdão é uma obra que une dois corações separados por uma ofensa, como uma palavra, uma atitude ou uma ação. O perdão pode ter diferentes expressões, entretanto ele sempre será o elo de ligação entre os homens e Deus.