Como o ministério de João Batista foi preparado por Malaquias?

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Como o ministério de João Batista foi preparado por Malaquias - Blog vladimiraraujo

Como o ministério de João Batista foi preparado por Malaquias?

Você já se perguntou como Deus preparou o caminho para a vinda de Jesus Cristo? Como Ele escolheu e capacitou um homem para ser o precursor do Messias? Como esse homem viveu e pregou no deserto, batizando as pessoas e anunciando o reino de Deus?

Esse homem era João Batista, o último dos profetas do Antigo Testamento, e o seu ministério foi profetizado por Malaquias, o último dos profetas escritores. Neste artigo, vamos explorar como Malaquias predisse a missão de João Batista e como isso se cumpriu na história.

 

O contexto histórico de Malaquias

Malaquias foi um profeta que viveu no século V a.C., depois do retorno dos judeus do exílio na Babilônia. Ele escreveu o seu livro para denunciar os pecados do povo e dos sacerdotes, que haviam se afastado de Deus e da sua aliança. Ele também anunciou o juízo de Deus sobre as nações pagãs e a esperança da restauração de Israel. O nome Malaquias significa “meu mensageiro” ou “mensageiro de Deus”, e ele se apresenta como tal no início do seu livro (Ml 1.1).

O tema principal do livro de Malaquias é a fidelidade de Deus ao seu povo, mesmo diante da infidelidade humana. Deus reafirma o seu amor por Israel (Ml 1.2-5), mas também exige o seu culto sincero e obediente (Ml 1.6-14). Então Deus reprova os sacerdotes por corromperem a lei e a aliança (Ml 2.1-9). Bem como os casais por se divorciarem e se casarem com estrangeiros (Ml 2.10-16). Em seguida Ele também confronta os que duvidam da justiça de Deus e o desafiam com suas palavras (Ml 2.17-3.5). Por fim ele conclui o seu livro com um apelo ao arrependimento e à generosidade (Ml 3.6-12). Ademais uma promessa de bênção para os que temem a Deus (Ml 3.13-18).

 

A profecia de Malaquias sobre João Batista

No final do seu livro, Malaquias faz uma profecia surpreendente sobre a vinda de dois mensageiros divinos. Um que prepararia o caminho para o Senhor, e outro que seria o próprio Senhor (Ml 3.1). O primeiro mensageiro seria enviado “diante da minha face”, ou seja, antes da chegada do segundo. Ele teria a função de purificar o povo, como um refinador de metais ou um lavandeiro de roupas (Ml 3.2-3). Ele também seria um juiz que castigaria os ímpios e os rebeldes (Ml 3.5).

O segundo mensageiro seria o “Anjo da Aliança”, ou seja, uma manifestação pessoal de Deus, que viria ao seu templo para estabelecer o seu reino (Ml 3.1). Ele seria tanto desejado como temido pelos homens, pois traria salvação para os justos e condenação para os maus (Ml 3.2; 4.1-3). Ele seria precedido pelo profeta Elias, que converteria os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Então, evitando assim uma maldição sobre a terra (Ml 4.5-6).

Essa profecia foi cumprida na pessoa de João Batista, que foi identificado como o mensageiro que prepararia o caminho para o Senhor (Mt 11.10; Mc 1.2; Lc 7.27). Ele também foi comparado a Elias, não por ser uma reencarnação dele. Entretanto por ter um espírito e um poder semelhantes ao dele (Lc 1.17; Mt 17.10-13). João Batista nasceu milagrosamente de pais idosos, Zacarias e Isabel, que eram descendentes de Arão, o primeiro sumo sacerdote (Lc 1.5-25). Ele foi consagrado a Deus desde o ventre materno, e recebeu o Espírito Santo ainda criança (Lc 1.15-16).

 

O ministério de João Batista no deserto

João Batista iniciou o seu ministério público por volta do ano 27 d.C., quando tinha cerca de 30 anos de idade (Lc 3.1-2; 1.36). Ele se vestia de forma simples, com uma roupa de pelos de camelo e um cinto de couro, e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre (Mt 3.4; Mc 1.6). Ele vivia no deserto da Judeia, próximo ao rio Jordão, onde pregava e batizava as pessoas (Mt 3.1; Mc 1.4; Lc 3.3; Jo 1.28).

A mensagem de João Batista era um chamado ao arrependimento, ou seja, à mudança de mente e de atitude em relação a Deus e ao pecado (Mt 3.2; Mc 1.4; Lc 3.3). Da mesma forma, ele anunciava que o reino dos céus estava próximo, e que era necessário preparar-se para a vinda do Messias (Mt 3.2; Mc 1.7-8; Lc 3.4-6). Além disse ele batizava as pessoas com água, como um sinal externo da sua purificação interior (Mt 3.6; Mc 1.5; Lc 3.7-14). Logo após ele também advertia sobre o juízo iminente de Deus, que separaria o trigo do joio, e queimaria os ímpios com fogo inextinguível (Mt 3.7-12; Mc 1.7-8; Lc 3.7-9,16-17).

 

O testemunho de João Batista sobre Jesus Cristo

João Batista não se exaltou a si mesmo, mas reconheceu humildemente a sua inferioridade diante do Messias (Mt 3.11; Mc 1.7; Lc 3.16; Jo 1.15,27). Ele disse que não era digno nem de desatar as correias das sandálias dele, uma tarefa reservada aos escravos mais baixos (Mt 3.11; Mc 1.7; Lc 3.16). Ele também disse que o seu batismo com água era apenas simbólico, mas que o Messias batizaria com o Espírito Santo e com fogo, ou seja, com poder e purificação (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16).

João Batista testemunhou pessoalmente da identidade e da missão do Messias, quando ele viu Jesus se aproximando para ser batizado por ele no rio Jordão (Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21-22; Jo 1.29-34). Ele declarou que Jesus era o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), uma alusão ao sacrifício pascal e à expiação vicária (Êx 12; Is 53). Ele também afirmou que Jesus era o “Filho de Deus” (Jo 1.34), uma expressão que indica a sua divindade e a sua relação única com o Pai (Sl 2; Mt 16.16).

 

A aplicação prática da mensagem de João Batista

A mensagem de João Batista é relevante para nós hoje, pois nos convida a nos arrependermos dos nossos pecados e a crermos em Jesus Cristo como o nosso Salvador e Senhor (At 19.4). Ele nos ensina a reconhecer a nossa necessidade de purificação e de renovação pelo Espírito Santo, que nos capacita a viver uma vida santa e frutífera para Deus (Rm 8; Gl 5). Ele também nos alerta sobre a realidade do juízo final, que separará os salvos dos perdidos, e nos motiva a anunciar as boas novas do evangelho aos que ainda não conhecem a Cristo (Mt 24; Mc 13; Lc 21).

 

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