Como a Bíblia pode nos ajudar a ter uma comunhão fraternal?
A Bíblia é o livro sagrado dos cristãos, que contém a revelação de Deus sobre si mesmo, sobre a sua vontade e sobre o seu plano de salvação para a humanidade. A Bíblia também é uma fonte de orientação, consolo, esperança e sabedoria para os que creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Mas além de ser um livro inspirado por Deus, a Bíblia também é um livro histórico, geográfico, cultural e literário, que reflete a diversidade e a riqueza do povo de Deus ao longo dos séculos.
Então neste artigo, vamos explorar algumas curiosidades bíblicas que podem nos ajudar a compreender melhor o contexto em que a Bíblia foi escrita, bem como a aplicar os seus ensinamentos à nossa vida atual. Vamos ver como a Bíblia pode nos ajudar a ter uma comunhão fraternal com Deus e com os nossos irmãos em Cristo, seguindo o exemplo de Jesus e dos primeiros cristãos.
O contexto histórico da Bíblia
A Bíblia é composta por 66 livros, divididos em duas partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento narra a história do povo de Israel, desde a criação do mundo até a vinda do Messias prometido. O Novo Testamento narra a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, o Messias, bem como a história da igreja primitiva e as cartas dos apóstolos.
A Bíblia abrange um período de cerca de 1500 anos, desde o século XV a.C. até o século I d.C. Nesse período, muitos acontecimentos históricos marcaram a vida do povo de Deus, tais como:
– A saída do Egito e a conquista da terra prometida (Êxodo 12-15; Josué 1-12)
– O período dos juízes e dos reis de Israel (Juízes 1-21; 1 e 2 Samuel; 1 e 2 Reis; 1 e 2 Crônicas)
– O cativeiro na Babilônia e o retorno à terra (2 Reis 24-25; Esdras; Neemias)
– O domínio dos impérios persa, grego e romano sobre a Palestina (Ester; Daniel; Macabeus)
– O nascimento, o ministério, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo (Mateus; Marcos; Lucas; João)
– A expansão do evangelho pelo mundo mediterrâneo (Atos dos Apóstolos)
– A perseguição e a esperança dos cristãos (Romanos; 1 e 2 Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses; 1 e 2 Tessalonicenses; 1 e 2 Timóteo; Tito; Filemom; Hebreus; Tiago; 1 e 2 Pedro; 1, 2 e 3 João; Judas; Apocalipse)
Conhecer o contexto histórico da Bíblia nos ajuda a entender melhor o significado das palavras, das expressões, das figuras de linguagem, das profecias e das parábolas que encontramos nas Escrituras. Além disso, nos ajuda a perceber como Deus atuou na história do seu povo, cumprindo as suas promessas e manifestando o seu amor, a sua justiça e a sua fidelidade.
O contexto geográfico da Bíblia
A Bíblia também nos apresenta um panorama geográfico do mundo antigo, especialmente da região do Oriente Médio, onde se desenvolveu grande parte da história bíblica. A terra de Israel, também chamada de Canaã ou Palestina, era uma terra pequena, mas estratégica, situada entre três continentes: Ásia, África e Europa. Por isso, era uma terra disputada por muitas nações e impérios ao longo da história.
A terra de Israel tinha uma grande variedade de paisagens e climas, que influenciavam na vida do povo. Podemos destacar alguns aspectos geográficos importantes, tais como:
– O rio Jordão, que atravessava a terra de norte a sul, formando o vale do Jordão, uma região fértil e irrigada.
– O mar da Galileia, que era um lago de água doce, rico em peixes e rodeado de colinas e vilas.
– O mar Morto, que era um lago de água salgada, situado no ponto mais baixo da terra, onde nada podia viver.
– O deserto da Judeia, que era uma região árida e montanhosa, onde se encontravam cavernas e oásis.
– A planície costeira, que era uma faixa de terra plana e arenosa, banhada pelo mar Mediterrâneo, onde se localizavam cidades importantes como Jope e Cesareia.
– A serra central, que era uma cadeia de montanhas que se estendia de norte a sul, onde se situavam Jerusalém, Belém, Hebrom e Samaria.
– A Galileia, que era uma região ao norte da terra, com colinas verdes e campos férteis, onde Jesus passou a maior parte do seu ministério.
Conhecer o contexto geográfico da Bíblia nos ajuda a visualizar melhor os lugares onde os fatos bíblicos ocorreram, bem como a compreender as características culturais, econômicas e sociais do povo que habitava esses lugares. Além disso, nos ajuda a apreciar a beleza e a diversidade da criação de Deus.
A aplicação prática da Bíblia
A Bíblia não é apenas um livro histórico e geográfico, mas também um livro prático e atual. Portanto a Bíblia nos ensina como devemos viver de acordo com a vontade de Deus, como devemos nos relacionar com Ele e com o nosso próximo, como devemos enfrentar os desafios e as tentações da vida, como devemos esperar pela volta de Jesus e pela vida eterna.
A Bíblia nos ensina especialmente sobre a comunhão fraternal, que é o vínculo de amor e de unidade que existe entre os que creem em Jesus Cristo. A comunhão fraternal é um dom de Deus, mas também uma responsabilidade nossa. Vejamos alguns princípios bíblicos sobre a comunhão fraternal:
– A comunhão fraternal é baseada no amor de Deus.
Deus nos amou primeiro e nos deu o seu Filho para morrer por nós. Por isso, devemos amar uns aos outros como Ele nos amou. O amor é o sinal distintivo dos discípulos de Jesus (João 13:34-35; 1 João 4:7-12).
– A comunhão fraternal é expressa na partilha dos bens.
Os primeiros cristãos tinham tudo em comum e repartiam os seus bens com os necessitados. Assim, não havia entre eles nenhum necessitado. A partilha dos bens é um sinal de generosidade e de gratidão a Deus (Atos 2:44-45; 4:32-37; 2 Coríntios 9:6-15).
– A comunhão fraternal é fortalecida na oração uns pelos outros.
Os primeiros cristãos perseveravam na oração uns pelos outros, intercedendo pelas suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. A oração uns pelos outros é um sinal de cuidado e de confiança em Deus (Atos 12:5; Efésios 6:18; Tiago 5:16).
– A comunhão fraternal é manifesta na edificação mútua.
Os primeiros cristãos se reuniam para ouvir a palavra de Deus, para louvar a Deus e para celebrar a ceia do Senhor. Eles também se exortavam, se consolavam e se instruíam uns aos outros. A edificação mútua é um sinal de crescimento e de maturidade em Cristo (Atos 2:42; Colossenses 3:16; Hebreus 10:24-25).
– A comunhão fraternal é preservada na reconciliação dos conflitos.
Os primeiros cristãos não eram perfeitos e também tinham conflitos entre si. Mas eles procuravam resolver os seus problemas com humildade, perdão e paz.
Como a Bíblia pode nos ajudar a ter uma comunhão fraternal?
Vemos então que o próprios Jesus e seus primeiros discípulos nos deixaram o exemplo de como podemos ter comunhão fraternal com Deus e com o próximo. Além disso, a base da nossa comunhão tem que ser o amor. Então amar o próximo é mais que uma recomendação e sim um mandamento básico.
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Você confia em Deus mesmo quando ele pede algo difícil? Então você obedece a Deus mesmo quando ele parece demorar em cumprir sua promessa? Aliás, você entrega a Deus tudo o que você tem e é? Ou você reconhece que Jesus é o Cordeiro de Deus que morreu por você?
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