O que os apóstolos fizeram após a morte de Jesus?
A morte de Jesus foi um evento que marcou a história da humanidade e da igreja cristã. Mas o que aconteceu com os seus seguidores mais próximos, os apóstolos, depois desse acontecimento? Como eles continuaram a sua missão de pregar o evangelho e fazer discípulos? Quais foram os desafios, as perseguições e os milagres que eles vivenciaram?
Então neste artigo, vamos explorar algumas curiosidades bíblicas sobre o que os apóstolos fizeram após a morte de Jesus, baseados nos relatos do livro de Atos dos Apóstolos e de outras fontes históricas.
A ressurreição e a ascensão de Jesus
O primeiro fato que devemos considerar é que a morte de Jesus não foi o fim da sua história. Três dias depois de ser crucificado, ele ressuscitou dos mortos, vencendo a morte e o pecado. Ele apareceu para os seus discípulos em diversas ocasiões, durante quarenta dias, ensinando-lhes sobre o reino de Deus e confirmando a sua identidade como o Messias prometido (Atos 1:3).
Uma das aparições mais importantes foi quando ele se reuniu com os onze apóstolos no monte das Oliveiras e lhes deu a grande comissão: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:19-20). Ele também lhes prometeu que enviaria o Espírito Santo para capacitá-los a cumprir essa tarefa (Atos 1:4-5).
Depois disso, ele foi elevado aos céus, diante dos seus olhos, enquanto uma nuvem o encobria. Dois anjos apareceram e lhes disseram que ele voltaria da mesma forma que havia subido (Atos 1:9-11). Esse foi o último contato físico que os apóstolos tiveram com Jesus na terra.
A aplicação prática desse fato é que nós, como cristãos, também temos uma missão dada por Jesus: fazer discípulos de todas as nações. Para isso, precisamos do poder do Espírito Santo, que nos guia, nos ensina e nos fortalece. Além disso, temos a esperança da volta de Jesus, que virá para buscar a sua igreja e estabelecer o seu reino eterno.
O pentecostes e o início da igreja
Depois da ascensão de Jesus, os apóstolos voltaram para Jerusalém e se reuniram no cenáculo, um lugar onde costumavam se encontrar. Eles estavam acompanhados de outras pessoas, entre elas Maria, a mãe de Jesus, e algumas mulheres. Eles se dedicavam à oração e à comunhão, esperando pelo cumprimento da promessa do Espírito Santo (Atos 1:12-14).
No dia de pentecostes, um dos principais festivais judaicos, eles estavam todos juntos no mesmo lugar, quando ouviram um som como de um vento forte vindo do céu. Línguas como de fogo apareceram sobre cada um deles e todos ficaram cheios do Espírito Santo. Eles começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se (Atos 2:1-4).
Esse foi o início da igreja cristã, o corpo de Cristo na terra. O Espírito Santo veio para habitar nos crentes e dar-lhes dons espirituais para edificar uns aos outros e testemunhar do evangelho. A igreja é formada por pessoas de todas as nações, línguas e culturas, unidas pela fé em Jesus.
Naquele mesmo dia
Pedro pregou um sermão poderoso aos judeus que estavam em Jerusalém para celebrar o pentecostes. Ele explicou que Jesus era o Messias, que havia sido morto, mas que Deus o ressuscitou e o exaltou à sua direita. Logo depois ele também disse que Jesus derramou o Espírito Santo, como havia sido profetizado pelos antigos profetas. Em seguida ele concluiu com um apelo: “Arrependam-se e sejam batizados, cada um de vocês, em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
Muitos que ouviram a mensagem se converteram e foram batizados. Naquele dia, cerca de três mil pessoas foram acrescentadas à igreja. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações. além disso eles também compartilhavam os seus bens e ajudavam os necessitados. Enfim, eles louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos (Atos 2:41-47).
A aplicação prática desse fato é que nós, como igreja, devemos ser cheios do Espírito Santo e usar os nossos dons para glorificar a Deus e servir uns aos outros. Devemos também pregar o evangelho com ousadia e amor, chamando as pessoas ao arrependimento e à fé em Jesus. Outrossim devemos ainda viver em comunhão uns com os outros, partilhando o que temos e cuidando dos necessitados. Por fim devemos louvar a Deus com alegria e gratidão, e esperar pelo seu agir em nossas vidas.
A perseguição e a expansão da igreja
A igreja primitiva não teve uma vida fácil. Ela enfrentou muita oposição e perseguição por parte das autoridades judaicas, que viam o cristianismo como uma ameaça à sua religião e ao seu poder. Os apóstolos foram presos, açoitados, ameaçados e proibidos de falar em nome de Jesus. Mas eles não se intimidaram nem se calaram. Eles continuaram a pregar com coragem e a realizar milagres em nome de Jesus. Eles também se alegravam por serem considerados dignos de sofrer por causa dele (Atos 4:1-31; 5:17-42).
A perseguição também serviu para espalhar o evangelho para além de Jerusalém. Muitos cristãos fugiram da cidade e foram para outras regiões, levando consigo a boa notícia de Jesus. Um deles foi Filipe, que pregou na Samaria e na estrada para Gaza, onde converteu um eunuco etíope, um alto oficial da rainha da Etiópia (Atos 8:1-40). Outro foi Saulo, que era um dos principais perseguidores da igreja, mas que teve um encontro com Jesus na estrada para Damasco e se tornou um dos maiores apóstolos da história (Atos 9:1-31).
A igreja também se abriu para os gentios
Ou seja, os não judeus. Isso aconteceu principalmente por meio da atuação de Pedro e Paulo. Pedro recebeu uma visão de Deus, que lhe mostrou que ele não deveria considerar impuro o que Deus havia purificado. Ele entendeu que isso significava que o evangelho era para todos os povos, sem distinção. Então ele foi então enviado à casa de Cornélio, um centurião romano temente a Deus, onde pregou o evangelho e viu o Espírito Santo ser derramado sobre os gentios (Atos 10:1-48). Em seguida ele defendeu essa atitude perante os outros apóstolos em Jerusalém, que concordaram que Deus havia concedido aos gentios o arrependimento para a vida (Atos 11:1-18).
Paulo foi escolhido por Deus para ser o apóstolo dos gentios (Atos 9:15; Gálatas 2:8). Ele realizou três grandes viagens missionárias pelo mundo antigo, fundando igrejas em diversas cidades da Ásia Menor, da Grécia e da Macedônia. Ele também escreveu cartas para essas igrejas, ensinando-as sobre a doutrina dos apóstolos e vida cristã e encorajando-as em sua fé. Suas cartas, que compõem uma parte significativa do Novo Testamento, oferecem orientação e instrução para os crentes de todas as épocas. Além disso, Paulo enfrentou muitas dificuldades e perseguições por causa de sua fé, mas permaneceu firme em seu compromisso com Cristo e com a propagação do evangelho.
O que os apóstolos fizeram após a morte de Jesus?
Então, gostou de conhecer o que os apóstolos fizeram após a morte de Jesus?
Os apóstolos, seguindo o exemplo de Jesus, dedicaram suas vidas ao serviço de Deus e ao ensino das Boas Novas da salvação. Suas ações e ensinamentos foram fundamentais para o crescimento e a disseminação do cristianismo nas primeiras décadas após a morte de Jesus.
Eles estabeleceram as bases para a formação da igreja primitiva e deixaram um legado duradouro que continua a influenciar milhões de pessoas ao redor do mundo até os dias de hoje.