As leis alimentares dos judeus e o que elas representam para a sua identidade e santidade?
Você já se perguntou por que os judeus não comem carne de porco, frutos do mar, misturam leite e carne, ou consomem sangue? Essas são algumas das leis alimentares que Deus deu ao povo de Israel no Antigo Testamento, e que ainda são seguidas por muitos judeus hoje em dia.
Mas qual é o significado dessas leis? O que elas revelam sobre o caráter de Deus e o seu propósito para o seu povo? E como elas se relacionam com os cristãos, que vivem sob a nova aliança em Cristo? Neste artigo, vamos explorar essas questões e ver como as leis alimentares dos judeus têm muito a nos ensinar sobre a identidade e a santidade de Deus e do seu povo.
O contexto histórico e geográfico das leis alimentares.
As leis alimentares dos judeus foram dadas por Deus a Moisés no monte Sinai, depois que ele libertou o povo de Israel da escravidão no Egito. Elas fazem parte do código legal conhecido como Torá, que significa “instrução” ou “ensino”. A Torá contém os dez mandamentos e outras leis morais, civis e cerimoniais que regulavam a vida do povo de Deus. As leis alimentares estão registradas principalmente nos livros de Levítico e Deuteronômio, e se dividem em duas categorias: as leis de pureza e as leis de separação.
As leis de pureza determinavam quais animais eram considerados limpos ou puros, e quais eram considerados impuros ou imundos. Os animais limpos eram aqueles que tinham casco fendido e ruminavam, como bois, ovelhas, cabras e veados (Lv 11.3; Dt 14.4-6). Os animais impuros eram aqueles que não tinham essas características, como porcos, camelos, coelhos e lebres (Lv 11.4-8; Dt 14.7-8). Os peixes limpos eram aqueles que tinham escamas e barbatanas, como salmão, atum e sardinha (Lv 11.9; Dt 14.9).
As leis alimentares dos judeus e o que elas representam para a sua identidade e santidade? – Outros peixes impuros
Os peixes impuros eram aqueles que não tinham essas características, como camarão, lagosta, caranguejo e polvo (Lv 11.10-12; Dt 14.10). As aves limpas eram aquelas que não eram predadoras ou necrófagas, como galinha, peru, pombo e codorna (Lv 11.13-19; Dt 14.11-18). As aves impuras eram aquelas que eram predadoras ou necrófagas, como águia, abutre, corvo e coruja (Lv 11.13-19; Dt 14.11-18). Além disso, todos os insetos alados eram considerados impuros, exceto os gafanhotos, os grilos e os gafanhotos migradores (Lv 11.20-23; Dt 14.19-20).
As leis de separação proibiam o consumo de sangue (Lv 17.10-14; Dt 12.23-25), de gordura animal (Lv 3.17; 7.22-27), de animais mortos por outros animais ou por causas naturais (Lv 17.15-16; Dt 14.21), de animais consagrados a ídolos (Êx 34.15; Dt 32.38), de animais sacrificados fora do tabernáculo ou do templo (Lv 17.1-9; Dt 12.13-14), e de misturar carne com leite ou derivados (Êx 23.19; 34.26; Dt 14.21).
O significado espiritual das leis alimentares
Mas qual era o objetivo dessas leis? Será que elas tinham algum fundamento científico ou higiênico? Aliás, será que elas eram apenas costumes culturais ou tradições humanas? Será que elas eram arbitrárias ou caprichosas?
A resposta bíblica é que elas tinham um significado espiritual, que refletia o caráter de Deus e o seu propósito para o seu povo. Vejamos alguns aspectos desse significado.
Em primeiro lugar, as leis alimentares revelavam a santidade de Deus.
A santidade é um atributo de Deus que significa a sua separação do pecado e do mal, e a sua perfeição moral e ética. Deus é santo, e ele requer santidade do seu povo (Lv 11.44-45; 19.2; 20.7; 1Pe 1.15-16). As leis alimentares eram uma forma de ensinar ao povo de Israel que eles deveriam se separar do que era impuro e se consagrar ao que era puro, assim como Deus é puro.
Elas também eram uma forma de proteger o povo de Israel da contaminação espiritual das nações pagãs ao seu redor, que adoravam ídolos e praticavam rituais abomináveis, envolvendo animais impuros, sangue, gordura e misturas proibidas (Lv 18.24-30; 20.22-26; Dt 12.29-31).
Em segundo lugar,as leis alimentares revelavam a identidade de Israel.
Israel era o povo escolhido por Deus para ser o seu representante na terra, o seu reino de sacerdotes e a sua nação santa (Êx 19.5-6; Dt 7.6-8). As leis alimentares eram uma forma de marcar a distinção entre Israel e as outras nações, de mostrar que eles pertenciam a Deus e não ao mundo, e de testemunhar da sua fidelidade à aliança que Deus havia feito com eles no Sinai (Lv 20.24-26; Dt 14.1-2).
As leis alimentares também eram uma forma de expressar a gratidão e a obediência a Deus, que havia provado o seu amor e o seu cuidado por Israel, libertando-o da escravidão, sustentando-o no deserto, e dando-lhe uma terra abundante (Dt 8.1-10; 26.1-11).
Em terceiro lugar, as leis alimentares revelavam a sabedoria de Deus.
A sabedoria é um atributo de Deus que significa o seu conhecimento perfeito e o seu domínio sobre todas as coisas. Deus é sábio, e ele concede sabedoria aos que o temem e o obedecem (Sl 111.10; Pv 1.7; 9.10). As leis alimentares eram uma forma de demonstrar a sabedoria de Deus na criação e na ordenação do mundo, estabelecendo limites e classificações entre os seres vivos, conforme as suas características e funções (Gn 1.20-25; Lv 11.46-47).
Elas também eram uma forma de beneficiar o povo de Israel com a saúde física e mental, evitando doenças, pragas, alergias, intoxicações e transtornos alimentares (Dt 4.5-8; 28.1-14).
A aplicação prática das leis alimentares para os cristãos
Mas como as leis alimentares dos judeus se aplicam aos cristãos? Será que nós devemos seguir essas leis hoje em dia? Ou será que elas foram abolidas ou modificadas por Cristo? Será que elas têm algum valor ou relevância para nós? A resposta bíblica é que elas foram cumpridas por Cristo, mas ainda têm princípios espirituais que podem nos orientar na nossa vida cristã. Vejamos alguns desses princípios.
Em primeiro lugar, devemos reconhecer que Cristo cumpriu as leis alimentares dos judeus, assim como todas as outras leis do Antigo Testamento (Mt 5.17-18). Ele cumpriu as leis alimentares em dois sentidos: ele as obedeceu perfeitamente em sua vida terrena, sem violar nenhum preceito ou mandamento (Hb 4.15; 1Pe 2.22), e ele as aboliu definitivamente em sua morte na cruz, removendo a barreira entre judeus e gentios, entre limpos e impuros, entre sagrado e profano (Ef 2.11-22; Cl 2
A aplicação prática das leis alimentares para os cristãos
Mas como as leis alimentares dos judeus se aplicam aos cristãos? Será que devemos seguir essas leis hoje em dia? Além disso, será que elas foram abolidas ou modificadas por Cristo? Será que elas têm algum valor ou relevância para nós? Entretanto a resposta bíblica é que elas foram cumpridas por Cristo, mas ainda têm princípios espirituais que podem nos orientar em nossa vida cristã. Vejamos alguns desses princípios.
Em primeiro lugar, devemos respeitar que Cristo cumpriu as leis alimentares dos judeus, assim como todas as outras leis do Antigo Testamento (Mt 5.17-18). Ele cumpriu em dois sentidos: obedeceu perfeitamente em sua vida terrena, sem violar nenhum preceito ou mandamento (Hb 4.15; 1Pe 2.22), e as aboliu definitivamente em sua morte na cruz, removendo a barreira entre judeus e gentios, entre limpos e impuros , entre sagrado e profano (Ef 2.11-22; Cl 2.14-16).
Ao compreendermos isso, percebemos que, como cristãos, não estamos mais sob as restrições específicas das leis alimentares judaicas. No entanto, os princípios subjacentes ainda são relevantes. Em vez de nos concentrarmos apenas nas proibições alimentares, devemos buscar a pureza de coração, a obediência a Deus e a consideração pelos outros em nossas escolhas alimentares.
Outro princípio importante é o da liberdade em Cristo (Gl 5.1). Embora as leis alimentares tenham sido cumpridas e abolidas, nossa liberdade não deve ser usada como desculpa para indulgências irresponsáveis. Devemos praticar o autocontrole e buscar a orientação do Espírito Santo para tomar decisões sobre alimentação.
Por fim, embora os leis alimentares judaicas não se apliquem diretamente aos cristãos, os princípios espirituais por trás dessas importâncias têm contínua.
Então devemos viver em obediência a Deus, buscando a pureza e praticando a liberdade em Cristo com responsabilidade.
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