Como Deus livrou seu povo do Egito
A Bíblia é um livro cheio de histórias fascinantes, que revelam o caráter de Deus e sua ação na vida dos homens. Uma das mais conhecidas é a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, que aconteceu por volta de 1446 a.C.
Neste artigo, vou explorar alguns aspectos teológicos, históricos, geológicos e geográficos dessa narrativa, e como ela se aplica à nossa realidade atual.
O contexto histórico de Como Deus livrou seu povo do Egito
O povo de Israel era descendente de Abraão, Isaque e Jacó, que receberam de Deus a promessa de uma terra e uma descendência numerosa (Gn 12.1-3; 15.18-21). Por causa de uma fome, Jacó e seus filhos se mudaram para o Egito, onde foram bem recebidos pelo faraó, que era amigo de José, filho de Jacó (Gn 45.16-20). Porém, com o passar do tempo, os israelitas se multiplicaram e se tornaram uma ameaça para os egípcios, que os oprimiram e os fizeram escravos (Ex 1.8-14).
Deus ouviu o clamor do seu povo e levantou Moisés como seu libertador. Moisés era um hebreu que foi criado na casa do faraó, mas fugiu para o deserto depois de matar um egípcio que maltratava um israelita (Ex 2.11-15). Lá, ele teve uma experiência com Deus na sarça ardente, onde recebeu a missão de confrontar o faraó e exigir a libertação do seu povo (Ex 3.1-10).
O confronto entre Moisés e Faraó
O confronto entre Moisés e o faraó foi marcado por dez pragas enviadas por Deus sobre o Egito, que demonstraram seu poder e sua soberania sobre os falsos deuses egípcios (Ex 7-12). A última praga foi a morte dos primogênitos, que atingiu tanto os homens quanto os animais.
Para escapar dessa praga, os israelitas deveriam sacrificar um cordeiro e passar o seu sangue nos umbrais das portas de suas casas. Assim, quando o anjo da morte passasse pela terra, ele pouparia as casas marcadas pelo sangue (Ex 12.1-13). Essa celebração ficou conhecida como a Páscoa, que significa “passagem”.
O faraó finalmente cedeu e deixou os israelitas partirem. Porém, logo depois ele se arrependeu e os perseguiu com seu exército até o mar Vermelho. Foi então que Deus operou outro grande milagre: ele abriu o mar para que os israelitas passassem em terra seca, e fechou as águas sobre os egípcios, que foram todos afogados (Ex 14.1-31).
O significado teológico
A libertação do povo de Israel da escravidão no Egito é um dos principais temas da Bíblia, pois revela o amor, a justiça e a fidelidade de Deus para com seu povo. Ele cumpriu sua promessa feita a Abraão e mostrou sua graça ao resgatar um povo rebelde e pecador (Dt 7.7-8; 9.4-6). Ele também demonstrou seu juízo sobre os ídolos do Egito e sobre a arrogância do faraó, que se opunha ao seu propósito (Ex 9.13-16; 12.12).
A libertação do Egito também aponta para uma libertação maior, que é a salvação em Cristo. Portanto assim como Deus usou Moisés para libertar seu povo da escravidão física, ele usou Cristo para libertar seu povo da escravidão espiritual do pecado e da morte (Jo 8.34-36; Rm 6.17-18). Assim como Deus protegeu seu povo pelo sangue do cordeiro na Páscoa, ele protege seu povo pelo sangue de Cristo na cruz (1 Co 5.7; 1 Pe 1.18-19). Assim como Deus conduziu seu povo pelo mar Vermelho para uma nova vida, ele conduz seu povo pelo batismo para uma nova vida (1 Co 10.1-2; Rm 6.3-4).
A aplicação prática
A história da libertação do povo de Israel da escravidão no Egito nos ensina algumas lições importantes para a nossa vida cristã.
Em primeiro lugar, nos lembra que Deus é o nosso libertador, que nos ama e nos resgata do poder do mal. Ele é fiel às suas promessas e cumpre seus propósitos na história. Podemos confiar nele e adorá-lo com gratidão e louvor (Sl 105.1-45; 106.1-48).
Em segundo lugar, nos desafia a obedecer à sua vontade e a seguir sua direção. Deus não libertou seu povo para que ele fizesse o que quisesse, mas para que ele fosse seu povo santo e testemunhasse sua glória entre as nações. Ele lhe deu a lei no monte Sinai, que revelava seu caráter e seus mandamentos (Ex 19-20). Ele também lhe deu a nuvem e a coluna de fogo, que indicavam o caminho a seguir (Ex 13.21-22). Devemos nos submeter à sua Palavra e ao seu Espírito, que nos guiam na verdade (Sl 119.105; Jo 16.13).
Em terceiro lugar, nos encoraja a perseverar na fé e na esperança. O povo de Israel enfrentou muitas dificuldades e tentações no deserto, que o levaram a murmurar, a duvidar e a se rebelar contra Deus (Ex 15.22-27; 16.1-36; 17.1-7; 32.1-35). Muitos deles não entraram na terra prometida por causa da sua incredulidade (Hb 3.7-19). Nós também enfrentamos provações e lutas na nossa caminhada cristã, que podem abalar a nossa confiança em Deus. Mas devemos manter os olhos fixos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé, que nos garante a vitória final (Hb 12.1-3; Ap 21.1-7).
Como Deus livrou seu povo do Egito
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