Animais Puros e Impuros na Arca de Noé
Animais Puros e Impuros na Arca de Noé
Na descrição bíblica do Dilúvio, encontramos a distinção entre animais puros e impuros na Arca de Noé. Então esta distinção foi crucial para preservar a diversidade dos seres vivos durante o evento catastrófico. Além disso, Deus instruiu Noé a levar consigo pares de cada espécie de animal “puro” e “impuro”.
Os animais “puros” eram aqueles que poderiam ser usados para sacrifícios e oferendas, de acordo com as leis religiosas judaicas. Assim, eles eram considerados adequados para propósitos sagrados e rituais. Por outro lado, os animais “impuros” não eram adequados para esses propósitos e, portanto, não eram oferecidos em sacrifício.
Ademais essa distinção entre animais puros e impuros na Arca simboliza a importância da pureza e da santidade na tradição religiosa judaica. Além disso, destaca a ideia de preservação da vida e da biodiversidade, mostrando que Deus instruiu Noé a preservar todas as criaturas, independentemente de sua classificação como puras ou impuras. Entretanto, a história da Arca de Noé ressalta não apenas a proteção física dos animais, mas também a importância de valores espirituais e éticos na relação entre humanos e o mundo natural.
Animais Puros e Impuros na Arca de Noé: Um Mergulho Detalhado com Base Bíblica
A Instrução Divina: Em Gênesis 6:19-20, Deus instrui Noé a levar à arca “de todos os animais viventes, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, para conservá-los vivos contigo”. No entanto, uma distinção crucial há entre animais puros e impuros:
- Animais Puros: Deus ordena que Noé leve sete pares (macho e fêmea) de cada animal puro (Gênesis 7:2).
- Animais Impuros: Noé deveria levar apenas um par de cada animal impuro (Gênesis 7:2).A distinção entre animais limpos e imundos é feita de maneira simples: Os animais limpos têm unhas fendidas e remoem; os peixes limpos possuem barbatanas e escamas; e os pássaros ou aves limpos são caracterizados por não serem aves de rapina. No caso dos insetos, os que possuem pernas para saltar podem ser comidos (Lv 11 vs. 20-22).
Motivos para a Diferença
- Sacrifício e Alimentação: Animais puros eram usados para sacrifícios e serviam como alimento para o povo de Israel. A preservação de sete pares permitia a reintrodução desses animais para fins religiosos e alimentares após o dilúvio.
- Simbolismo Espiritual: O número sete possui significado simbólico na Bíblia, frequentemente representando perfeição ou totalidade. Levar sete pares de animais puros pode simbolizar a preservação da criação perfeita de Deus.
- Abundância e Diversidade: A quantidade maior de animais puros necessária para garantir a reprodução e a diversidade genética dentro de suas espécies.
Lista Detalhada de Animais Puros e Impuros
A principal referência para isso se encontra no livro de Levítico, capítulo 11. Este capítulo detalha as leis dietéticas dadas por Deus aos israelitas, listando quais animais eram considerados puros (limpos) para consumo e quais eram impuros (imundos) e, portanto, proibidos.
Especificamente, em Levítico 11:13-19, a lista de aves impuras inclui várias aves de rapina, como:
- Águia
- Urubu
- Águia-marinha
- Açor
- Falcão
- Corvo
- E outras aves que se alimentam de carne ou carniça.
Essa mesma proibição é reiterada em Deuteronômio 14:12-18.
As razões para essa distinção entre animais puros e impuros eram diversas, incluindo aspectos higiênicos, simbólicos e a separação do povo de Israel em relação às práticas de outras nações.
Mamíferos Impuros
A regra geral para mamíferos considerados puros era que eles deveriam ter casco fendido (dividido em duas unhas) E ruminar (mastigar o bolo alimentar). Qualquer mamífero que não atendesse a ambas as condições era impuro.
Alguns exemplos específicos mencionados:
- Porco: Tem casco fendido, mas não rumina.
- Camelo: Ruminava, mas não tinha casco fendido.
- Coelho/Arganaz (ou hírax, dependendo da tradução): Ruminava, mas não tinha casco fendido.
- Lebre: Ruminava, mas não tinha casco fendido.
- Qualquer animal que anda sobre a planta dos pés (carnívoros como cães, gatos, leões, lobos, etc.)
Répteis Impuros
A Bíblia é mais direta em listar os répteis que rastejam sobre a terra como impuros, e proíbe o consumo ou o contato com seus cadáveres. A lista inclui:
- Doninha
- Rato (embora seja um mamífero, é listado junto com os rastejantes em algumas traduções neste contexto de impureza por contato)
- Lagarto (em todas as suas espécies, incluindo diferentes tipos como lagartixa, lagarto-pintado, lagarto da areia, geco, crocodilo terrestre, etc.)
- Ouriço-cacheiro (algumas traduções o colocam aqui)
- Camaleão
A passagem de Levítico 11:41-42 generaliza: “Todo animal que se move rente ao chão lhes será proibido e não poderá ser comido. Vocês não poderão comer animal algum que se move rente ao chão, quer se arraste sobre o ventre quer ande de quatro ou com o auxílio de muitos pés; são proibidos a vocês.”
Anfíbios Impuros
Embora não haja uma lista específica e detalhada de anfíbios como para mamíferos e répteis, a classificação de impureza se estende a “todo animal que rasteja sobre a terra”. Isso incluiria implicitamente a maioria dos anfíbios, como as rãs, que se movem rastejando ou saltando rente ao chão, e não se encaixam nas categorias de animais “limpos”. A Bíblia enfoca mais a forma de locomoção e a alimentação para determinar a pureza cerimonial.
É importante notar que essas leis faziam parte do sistema de pureza cerimonial e alimentar da antiga aliança com Israel, e tinham propósitos de santidade, higiene e distinção para o povo. No Novo Testamento, essa distinção entre alimentos puros e impuros é abolida para os cristãos, conforme ensinado por Jesus (Marcos 7:19) e Pedro (Atos 10).
A Puririficação dos Animais
Após o dilúvio, em Levítico 11, Deus estabelece leis dietéticas que distinguem animais puros e impuros. No entanto, em Atos 10:9-16, Pedro recebe uma visão que o instrui a não considerar mais nenhum animal como impuro. Essa mudança tem diversas interpretaçãoes:
- Nova Era: A purificação dos animais pode simbolizar uma nova era de relacionamento entre Deus e a humanidade, marcada pela graça e inclusão.
- Foco Interno: A ênfase deixa de ser a pureza ritual e passa a ser a pureza interior do coração e das ações.
- Universalidade do Evangelho: A purificação dos animais pode ser vista como um símbolo da abertura do Evangelho a todas as pessoas, independentemente de suas origens ou costumes alimentares.
Animais Puros e Impuros na Arca de Noé – Conclusão
A distinção entre animais puros e impuros na história da arca de Noé serve para ilustrar a soberania de Deus sobre sua criação. Portanto a preservação das diferentes espécies demonstra a sua sabedoria e cuidado. Por fim, a purificação dos animais no Novo Testamento revela a sua graça e amor universal.
Referências Bíblicas:
- Gênesis 6:19-20; 7:2-3
- Levítico 11
- Atos 10:9-16
Observações Adicionais:
- A lista de animais puros e impuros não é exaustiva e pode variar de acordo com diferentes interpretações bíblicas.
- O significado simbólico e religioso dos animais puros e impuros é um tema complexo e multifacetado.
- A purificação dos animais no Novo Testamento é um evento controverso e ainda debatido por teólogos e estudiosos da Bíblia.
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Respostas de 2
Pastor no texto acima está que avez de rapina são impuros e na lista de animais ouros e impuros as aves de rapina estão na lista dos animais puros…
Na Bíblia, as aves de rapina eram consideradas impuras.
A principal referência para isso se encontra no livro de Levítico, capítulo 11. Este capítulo detalha as leis dietéticas dadas por Deus aos israelitas, listando quais animais eram considerados puros (limpos) para consumo e quais eram impuros (imundos) e, portanto, proibidos.
Especificamente, em Levítico 11:13-19, a lista de aves impuras inclui várias aves de rapina, como:
Águia
Urubu
Águia-marinha
Açor
Falcão
Corvo
E outras aves que se alimentam de carne ou carniça.
Essa mesma proibição é reiterada em Deuteronômio 14:12-18.
As razões para essa distinção entre animais puros e impuros eram diversas, incluindo aspectos higiênicos, simbólicos e a separação do povo de Israel em relação às práticas de outras nações.