Os primeiros templos na Bíblia
Símbolos Ocultos nos Templos
Você já se perguntou o que significam os símbolos que aparecem nos templos bíblicos? Eles têm algum sentido espiritual ou são apenas enfeites? Ademais neste post, vamos explorar alguns dos símbolos mais importantes que foram usados na construção e na decoração dos templos de Deus na história bíblica.
Então vamos ver como eles se relacionam com a teologia, a história, a geologia e a geografia do povo de Deus. Por fim vamos descobrir como eles podem nos inspirar a viver uma vida de adoração e serviço ao Senhor hoje.
O que é um templo?
Antes de entrarmos nos símbolos, precisamos entender o que é um templo. Um templo é um lugar sagrado onde as pessoas se reúnem para adorar a Deus, oferecer sacrifícios, orar e receber instrução. O templo é o ponto de encontro entre o céu e a terra, entre Deus e o homem. É o lugar onde Deus manifesta a sua presença, a sua glória e a sua vontade.
Na Bíblia, encontramos vários tipos de templos.
O primeiro foi o tabernáculo
Uma tenda móvel que acompanhou os israelitas durante a sua peregrinação no deserto. O tabernáculo foi construído de acordo com o modelo que Deus mostrou a Moisés no monte Sinai (Êxodo 25:8-9). O tabernáculo era dividido em três partes: o átrio externo, onde ficava o altar dos holocaustos e a pia de bronze; o lugar santo, onde ficavam o candelabro de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso; e o lugar santíssimo, onde ficava a arca da aliança, que continha as tábuas da lei, o maná e a vara de Arão.
O segundo tipo de templo foi o templo de Salomão
Um edifício magnífico que foi erguido em Jerusalém no século X a.C. O templo de Salomão foi construído seguindo o padrão do tabernáculo, mas com dimensões maiores e mais materiais nobres. O templo de Salomão era adornado com ouro, prata, bronze, pedras preciosas e madeira de cedro. Ele também tinha várias salas anexas para armazenar os tesouros e os utensílios sagrados. O templo de Salomão foi dedicado com grande festa e sacrifícios, e foi visitado por muitos reis e nações (1 Reis 5-8).
O terceiro tipo de templo foi o templo de Zorobabel
Um edifício modesto que foi reconstruído em Jerusalém no século VI a.C., depois do exílio babilônico. O templo de Zorobabel foi erguido sobre as ruínas do templo de Salomão, que havia sido destruído pelos babilônios em 586 a.C. O templo de Zorobabel era menor e menos glorioso do que o anterior, mas era igualmente importante para restaurar o culto e a identidade do povo de Deus (Esdras 3-6).
O quarto tipo de templo foi o templo de Herodes
Um edifício grandioso que foi reformado e ampliado em Jerusalém no século I a.C., pelo rei Herodes, o Grande. O templo de Herodes era uma obra-prima da arquitetura e da engenharia, que impressionava pela sua beleza e majestade. Além disso o templo de Herodes tinha vários pátios, portões, colunas, escadas e muralhas. Ele era frequentado por judeus e gentios, e foi palco de muitos eventos importantes da vida e do ministério de Jesus (Mateus 21-24).
O quinto tipo de templo é o templo espiritual
Um que não é feito por mãos humanas, mas pelo Espírito Santo. O templo espiritual é formado por todos os que creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Cada cristão é uma pedra viva que faz parte do edifício de Deus (1 Pedro 2:4-5). O templo espiritual é o corpo de Cristo, a igreja, que é chamada a adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4:23-24). O templo espiritual é o lugar onde Deus habita pelo seu Espírito, e onde ele revela a sua graça e o seu poder (Efésios 2:19-22).
Quais são os símbolos dos templos?
Agora que já sabemos o que é um templo, vamos ver alguns dos símbolos que aparecem nos templos bíblicos. Esses símbolos não são meros ornamentos, mas têm um significado profundo e uma mensagem relevante para nós. Vamos analisar quatro deles: a luz, a água, o pão e o incenso.
A luz
A luz é um símbolo da presença, da glória e da revelação de Deus. Nos templos bíblicos, a luz era representada pelo candelabro de ouro, que ficava no lugar santo. O candelabro tinha sete braços, cada um com uma lâmpada que era alimentada com azeite puro. Além disso o candelabro iluminava o ambiente e simbolizava a visão espiritual que Deus dá aos seus servos. O candelabro também apontava para os sete espíritos de Deus, que são os seus atributos perfeitos (Isaías 11:2; Apocalipse 4:5).
A luz também era representada pela nuvem de fogo, que acompanhava os israelitas no deserto e que enchia o tabernáculo e o templo quando eram inaugurados. A nuvem de fogo era um sinal da presença protetora e orientadora de Deus. Ela também mostrava a glória e a santidade de Deus, que exigia reverência e obediência do seu povo (Êxodo 13:21-22; 40:34-38; 1 Reis 8:10-11).
A luz ainda é representada por Jesus Cristo, que é a luz do mundo. Jesus é o cumprimento das profecias sobre o Messias, que seria uma luz para as nações. Portanto Jesus é o reflexo da glória de Deus, que brilha nas trevas. Além disso Ele é a revelação da verdade de Deus, que ilumina os nossos olhos. Por dim, Jesus é o autor da vida de Deus, que nos dá esperança e salvação (Isaías 42:6; João 1:4-9; 8:12; Hebreus 1:3).
A água
A água é um símbolo da purificação, da renovação e da bênção de Deus. Nos templos bíblicos, a água era representada pela pia de bronze, que ficava no átrio externo. A pia era um recipiente grande que continha água para lavar as mãos e os pés dos sacerdotes antes de entrarem no lugar santo. Ela simbolizava a necessidade de se limpar do pecado e da impureza para se aproximar de Deus. Além disso a pia também lembrava do pacto que Deus fez com os israelitas no monte Sinai, quando eles se comprometeram a obedecer à sua lei (Êxodo 30:17-21; 24:3-8).
A água também era representada pelo mar de bronze, que ficava no átrio externo do templo de Salomão. O mar era uma bacia enorme que podia conter até 44 mil litros de água. Ele servia para lavar os utensílios usados nos sacrifícios e para refletir a luz do sol. Portanto o mar simbolizava a abundância e a generosidade de Deus, que provê todas as coisas para o seu povo. Por fim o mar também aludia ao domínio de Deus sobre as nações, que são comparadas ao mar agitado (1 Reis 7:23-26; Salmo 104:24-25; Isaías 17:12-13).
A água ainda é representada pelo Espírito Santo
Que é a fonte da vida espiritual. O Espírito Santo é o agente da purificação, que nos lava dos nossos pecados pelo sangue de Cristo. Ele é o agente da renovação, que nos regenera e nos transforma à imagem de Cristo. Além disso o Espírito Santo também é descrito como o Consolador, aquele que nos conforta em tempos de aflição e nos guia na verdade.
Ele é o selo da nossa redenção, garantindo a nossa herança eterna. Como a água que sacia a sede da alma, o Espírito Santo sacia a nossa necessidade espiritual mais profunda. Ele nos enche, nos capacita e nos envia para vivermos uma vida de amor e serviço ao próximo. Assim como a água flui livremente, o Espírito Santo é derramado sobre todos os que creem em Cristo, convidando-os a beberem livremente da fonte da vida. Que possamos ser como rios de água viva, fluindo do Espírito Santo para saciar a sede da humanidade perdida e sedenta.
Os primeiros templos na Bíblia?
Os templos são lugares sagrados onde os fiéis se reúnem para adorar a Deus, aprender sobre sua palavra e receber bênçãos. Mas você sabia que os templos também têm um significado simbólico na Bíblia? Neste artigo, vamos explorar alguns dos símbolos dos templos e como eles se relacionam com a história, a geografia, a teologia e a aplicação prática da fé cristã.
O templo de Salomão: um modelo do céu na terra
O primeiro templo construído em Jerusalém foi o templo de Salomão, filho do rei Davi. Ele é edificado por volta do século X a.C., seguindo as instruções que Deus deu a Davi (1 Crônicas 28:11-19). O templo de Salomão era uma obra magnífica, revestida de ouro, prata, bronze, pedras preciosas e madeira de cedro. Entretanto ele tinha três partes principais: o átrio exterior, onde o povo podia entrar; o lugar santo, onde os sacerdotes ofereciam incenso e pães da proposição; e o lugar santíssimo, onde ficava a arca da aliança, que continha as tábuas da lei, o maná e a vara de Arão.
O templo de Salomão era mais do que um simples edifício. Ele era um símbolo da presença de Deus no meio do seu povo e da sua aliança com Israel. O templo também representava o céu na terra, pois era uma cópia do modelo celestial que Deus mostrou a Moisés no monte Sinai (Êxodo 25:40; Hebreus 8:5). Ele era um lugar de encontro entre Deus e os homens, onde se realizava a mediação sacerdotal e o sacrifício expiatório pelos pecados. Ademais o templo era um lugar de santidade, onde se exigia pureza ritual e moral dos que se aproximavam de Deus. Enfim, o templo era um lugar de glória, onde se manifestava o poder e a majestade de Deus.
O templo de Herodes: um testemunho da soberania de Deus na história
O segundo templo construído em Jerusalém foi o templo de Herodes, que foi uma reforma e ampliação do templo de Zorobabel, edificado após o exílio babilônico no século VI a.C. O templo de Herodes foi iniciado por volta do ano 20 a.C. e concluído somente no ano 64 d.C., pouco antes da sua destruição pelos romanos no ano 70 d.C. Além disso o templo de Herodes era uma obra grandiosa, que impressionava pela sua beleza e magnitude. Ele tinha quatro átrios: o átrio dos gentios, onde qualquer pessoa podia entrar; o átrio das mulheres, onde as mulheres judias podiam entrar; o átrio de Israel, onde os homens judeus podiam entrar; e o átrio dos sacerdotes, onde somente os sacerdotes podiam entrar. Dentro do átrio dos sacerdotes ficavam o altar dos holocaustos, a pia de bronze, o lugar santo e o lugar santíssimo.
O templo de Herodes era mais do que um simples edifício. Ele era um símbolo da soberania de Deus na história e da sua fidelidade para com Israel. O templo também representava o cumprimento das profecias messiânicas, pois foi nele que Jesus nasceu (Lucas 2:22-38), ensinou (Lucas 21:37-38), purificou (Mateus 21:12-13), profetizou (Mateus 24:1-2) e morreu (Mateus 27:51). Ele era um lugar de revelação, onde se anunciava a salvação de Deus para todos os povos. Entretanto o templo era um lugar de conflito, onde se confrontavam as autoridades religiosas e políticas com o reino de Deus. Entretanto o templo era um lugar de esperança, onde se aguardava a vinda do Messias e a restauração de todas as coisas.
O corpo de Cristo: um santuário vivo do Espírito Santo
O terceiro templo construído em Jerusalém foi o corpo de Cristo, que foi uma obra divina e humana, concebida pelo Espírito Santo e nascida da virgem Maria. O corpo de Cristo foi edificado durante os seus 33 anos de vida terrena, seguindo a vontade do Pai e cumprindo as Escrituras. Logo depois disso ele é glorificado na sua ressurreição, ascensão e entronização à direita de Deus. Então o corpo de Cristo é o templo eterno, que nunca pode ser destruído nem profanado.
O corpo de Cristo é mais do que um simples edifício. Ele é o símbolo da encarnação de Deus na carne e da sua união com a humanidade. O corpo de Cristo também representa a nova aliança, selada pelo seu sangue derramado na cruz e confirmada pela sua ressurreição dos mortos. Portanto o corpo de Cristo é o lugar de acesso a Deus, pois ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Além disso o corpo de Cristo é o lugar de adoração a Deus, pois ele é o sumo sacerdote, o sacrifício perfeito e o mediador único (Hebreus 10:19-22). Enfim, o corpo de Cristo é o lugar de habitação de Deus, pois ele é o santuário vivo do Espírito Santo (João 2:19-21; 1 Coríntios 3:16-17).
A igreja de Cristo: um templo espiritual formado por pedras vivas
O quarto templo construído em Jerusalém é a igreja de Cristo, que é uma obra coletiva e individual, formada por todos os que creem em Jesus como Senhor e Salvador. A igreja de Cristo foi edificada a partir do dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos e os capacitou para testemunhar do evangelho. Entretanto a igreja de Cristo está sendo edificada até hoje, pela pregação da palavra, pelo batismo nas águas, pela comunhão dos santos, pela celebração da ceia, pela oração, pelo louvor e pelo serviço. Além disso a igreja de Cristo será consumada na sua volta gloriosa, quando ele virá buscar a sua noiva adornada para as bodas do Cordeiro.
A igreja de Cristo é mais do que um simples edifício. Ela é o símbolo da comunhão dos santos e da diversidade dos dons. A igreja de Cristo também representa o corpo místico de Cristo, que é a sua expressão visível e audível no mundo. Ademais a igreja de Cristo é o lugar de missão, pois ela tem a missão de Jesus para fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:18-20). Portanto a igreja de Cristo é o lugar de edificação, pois ela é responsável por ensinar, exortar, consolar e corrigir uns aos outros (Efésios 4:11-16). Por fim, a igreja de Cristo é o lugar de glória, pois ela deve a refletir e manifestar a glória de Deus na terra (Efésios 3:20-21).
Os primeiros templos na Bíblia – Conclusão
Os templos são símbolos importantes na Bíblia, que nos revelam aspectos da natureza, da vontade e do propósito de Deus para a sua criação. Além disso eles nos mostram que Deus deseja se relacionar com os homens, que ele provê o meio para essa relação através do seu Filho Jesus Cristo, que ele habita em nós pelo seu Espírito Santo e que ele nos convida a participar da sua obra no mundo como sua igreja.
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