Você já se perguntou quem eram os fariseus e qual era o papel deles na história bíblica? Neste post, vamos explorar algumas curiosidades sobre esse grupo religioso que teve uma grande influência na época de Jesus e dos apóstolos. Vamos ver como eles surgiram, quais eram as suas crenças, como eles se relacionavam com as outras pessoas e como eles podem nos ensinar lições importantes para a nossa vida cristã hoje.
O que significa fariseu?
A palavra fariseu vem do hebraico perushim, que significa “separados”. Esse nome indica que eles se consideravam um grupo distinto dos demais judeus, por seguirem rigorosamente a lei de Moisés e as tradições orais dos anciãos. Eles acreditavam que, dessa forma, estavam preservando a pureza da fé e a identidade do povo de Deus.
Quando e como os fariseus surgiram?
Os fariseus surgiram no século II a.C., durante o período dos Macabeus, quando os judeus lutavam contra a dominação grega e a tentativa de helenização da sua cultura. Os fariseus se opunham à influência estrangeira e defendiam a fidelidade à lei e às tradições dos pais. Eles se organizavam em comunidades, onde estudavam as Escrituras e praticavam as obras da lei, como a circuncisão, o dízimo, as ofertas, os jejuns, as orações e as purificações rituais.
Quais eram as principais crenças dos fariseus?
Os fariseus eram os mais ortodoxos entre os grupos judaicos da época. Eles criam na ressurreição dos mortos, na existência de anjos e demônios, na recompensa e no castigo divinos, na vinda do Messias e no livre-arbítrio humano. Além disso eles também davam grande valor à tradição oral, que era um conjunto de interpretações e aplicações da lei escrita, transmitidas de geração em geração pelos mestres da lei. Eles consideravam essa tradição tão sagrada quanto a própria lei de Moisés.
Como era o relacionamento dos fariseus com Jesus?
Os fariseus tinham uma relação conflituosa com Jesus, pois não aceitavam a sua autoridade nem o seu ensino. Eles frequentemente o questionavam sobre questões polêmicas da lei, como o sábado, o divórcio, os impostos, etc., tentando pegá-lo em alguma contradição ou erro. Além disso eles também o acusavam de blasfêmia, por ele se declarar Filho de Deus, e de aliança com o diabo, por ele expulsar demônios.
Portanto eles foram os principais responsáveis pela conspiração para matar Jesus, pois viam nele uma ameaça à sua posição e ao seu poder.
Como era o relacionamento dos fariseus com os apóstolos?
Os fariseus também perseguiam os apóstolos e os primeiros cristãos, pois consideravam que eles estavam desviando o povo da verdadeira fé. Eles os prendiam, os açoitavam, os expulsavam das sinagogas e até mesmo os matavam. Um exemplo disso foi o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão (Atos 7:54-60).
No entanto, alguns fariseus se converteram ao evangelho, como foi o caso de Paulo (Atos 9:1-19), que antes era um zeloso perseguidor da igreja (Filipenses 3:4-6).
O que podemos aprender com os fariseus?
Os fariseus nos ensinam tanto pelo exemplo positivo quanto pelo negativo. Pelo lado positivo, podemos admirar o seu zelo pela lei de Deus, o seu amor pelas Escrituras, o seu compromisso com a oração e o jejum, o seu senso de comunidade e o seu anseio pelo Messias. Pelo lado negativo, podemos evitar os seus erros, como o orgulho espiritual, a hipocrisia religiosa, o legalismo formalista, a cegueira moral e a rejeição de Jesus.
Jesus nos alertou sobre o fermento dos fariseus, que é a sua doutrina e o seu modo de agir (Mateus 16:6-12). Ele nos ensinou que o que Deus quer de nós é um coração sincero, humilde, obediente e misericordioso, que ama a Deus e ao próximo acima de tudo (Mateus 22:34-40).
Fariseu à luz da Bíblia – Conclusão
Os fariseus foram um grupo importante na história bíblica, que nos deixaram um legado de fé e de desafio. Eles nos mostram que devemos buscar a santidade, mas sem perder a graça. Outrossim eles nos convidam a examinar o nosso coração e a nossa conduta, para ver se estamos seguindo a Jesus ou nos opondo a ele. Entretanto eles nos lembram que o nosso destino eterno depende da nossa resposta ao evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1:16).
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