Como era a vida na Babilônia antiga

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Como era a vida na Babilônia antiga - Blog Vladimiraraujo

Como era a vida na Babilônia antiga

A Babilônia foi uma das civilizações mais importantes da história antiga, que se destacou por sua cultura, ciência, arte e religião. Mas como era a vida na Babilônia antiga? Quais eram os costumes, as leis, as crenças e os desafios desse povo? E o que a Bíblia nos revela sobre essa nação que teve um papel fundamental no plano de Deus para a humanidade?

Neste artigo, vamos explorar algumas curiosidades bíblicas sobre a Babilônia antiga, desde o seu surgimento até a sua queda, passando pelos seus principais reis, suas conquistas e suas relações com o povo de Israel. Além disso, vamos ver como podemos aplicar as lições bíblicas sobre a Babilônia à nossa vida cristã hoje.

 

Como era a vida na Babilônia antiga – Contexto histórico

A Babilônia foi uma cidade-estado que se localizava na região da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, no atual território do Iraque. Então a origem da Babilônia remonta ao período pós-dilúvio, quando um descendente de Noé chamado Ninrode construiu uma cidade chamada Babel (Gênesis 10:8-10). Portanto essa cidade ficou famosa pela construção de uma torre que pretendia alcançar os céus, mas que foi interrompida por Deus, que confundiu as línguas dos construtores e os dispersou pela terra (Gênesis 11:1-9).

Posteriormente a Babilônia se tornou um império poderoso sob o reinado de Hamurabi, que governou entre 1792 e 1750 a.C. Hamurabi é conhecido por ter elaborado um dos primeiros códigos de leis escritas da história, o Código de Hamurabi, que estabelecia as regras para a sociedade babilônica em diversas áreas, como família, comércio, propriedade e justiça. Ademais o Código de Hamurabi é famoso pela lei do talião, que determinava a punição proporcional ao crime cometido: “olho por olho, dente por dente” (Êxodo 21:24).

 

Como era a vida na Babilônia antiga – Reis notáveis

A Babilônia também teve outros reis notáveis, como Nabucodonosor II, que reinou entre 605 e 562 a.C. Aliás Nabucodonosor foi o responsável pela conquista de Jerusalém em 586 a.C., levando muitos judeus para o cativeiro babilônico. Então foi durante esse período que profetas como Daniel e Ezequiel viveram e atuaram na Babilônia, anunciando a palavra de Deus aos exilados e aos pagãos. Nabucodonosor também foi o construtor dos famosos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

A Babilônia caiu diante do Império Persa em 539 a.C., quando o rei Ciro invadiu a cidade e tomou o trono de Nabonido, o último rei babilônico. Logo depois Ciro foi usado por Deus para libertar os judeus do cativeiro e permitir que eles retornassem à sua terra (Esdras 1:1-4). A profecia sobre a queda da Babilônia foi feita por Isaías cerca de 150 anos antes do evento (Isaías 13:1-22; 21:1-10).

 

Como era a vida na Babilônia antiga – Geografia da Babilônia antiga

A Babilônia se situava em uma região plana e fértil, favorecida pela irrigação dos rios Tigre e Eufrates. Portanto a cidade era cercada por muralhas duplas de tijolos cozidos, que tinham cerca de 18 metros de altura e 6 metros de espessura. Entretanto as muralhas tinham várias portas de acesso à cidade, sendo a mais famosa a Porta de Ishtar, decorada com figuras de animais mitológicos em cerâmica esmaltada.

A cidade era dividida em duas partes pelo rio Eufrates: a parte oriental e a parte ocidental. Na parte oriental ficava o palácio real, o templo de Marduque (o principal deus babilônico) e a torre de Babel, que era uma construção em forma de pirâmide escalonada, com sete andares, que chegava a 90 metros de altura. Na parte ocidental ficavam os Jardins Suspensos da Babilônia, que eram uma obra de engenharia e paisagismo que simulava uma montanha verdejante em meio à planície árida.

A Babilônia era uma cidade cosmopolita, que abrigava pessoas de diversas origens, línguas e culturas. Portanto a língua oficial era o acádio, mas também se falava o aramaico, o hebraico, o persa e outras línguas. Entretanto a escrita era feita em tábuas de argila, usando caracteres cuneiformes (em forma de cunha). Por fim a Babilônia era um centro de aprendizado e cultura, onde se desenvolviam as ciências, as artes, a literatura e a religião.

 

Como era a vida na Babilônia antiga – Religião da Babilônia antiga

A religião da Babilônia era politeísta, ou seja, adorava vários deuses e deusas. Então o principal deus era Marduque, que era considerado o criador do universo e o patrono da cidade. Outros deuses importantes eram Ishtar (deusa do amor e da guerra), Sin (deus da lua), Shamash (deus do sol) e Ea (deus da sabedoria e das águas).

Os babilônios acreditavam que os deuses interferiam nos assuntos humanos e que era preciso agradá-los com oferendas, sacrifícios e rituais. Por isso os sacerdotes eram os mediadores entre os homens e os deuses, e tinham o poder de interpretar os sinais divinos, como os sonhos, as estrelas e os fenômenos naturais. Os babilônios também praticavam a astrologia, a magia e a adivinhação.

A religião babilônica entrava em conflito com a dos judeus, que adoravam o único Deus verdadeiro, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Os judeus foram perseguidos e tentados a se desviar de sua aliança com Deus durante o cativeiro babilônico. Alguns exemplos disso são as histórias de Daniel na cova dos leões (Daniel 6), dos três jovens na fornalha ardente (Daniel 3) e da estátua de Nabucodonosor (Daniel 2).

 

Aplicação prática das lições bíblicas sobre a Babilônia

A Babilônia antiga nos ensina muitas lições sobre a soberania de Deus, a fidelidade dos seus servos e o destino dos ímpios. Vejamos algumas delas:

Deus é o Senhor da história e controla o destino das nações. Ele usa quem Ele quer para cumprir os seus propósitos, seja para disciplinar ou para abençoar o seu povo (Jeremias 25:8-14; Isaías 45:1-7).
Deus é fiel à sua aliança e não abandona os seus filhos. Ele cuida dos seus servos mesmo nas situações mais difíceis e lhes dá sabedoria, coragem e esperança (Jeremias 29:10-14; Daniel 1:17-21; 2:17-23).
Deus é santo e exige santidade dos seus adoradores. Ele não tolera a idolatria, a imoralidade e a injustiça. Ele julga os pecadores com justiça e recompensa os justos com graça (Daniel 5:1-31; Habacuque 2:4-20; Apocalipse 18:1-24).

Hoje nós vivemos em um mundo que se parece muito com a Babilônia antiga: um mundo cheio de falsos deuses, falsas doutrinas, falsos valores e falsas promessas. Um mundo que nos seduz com seus prazeres, suas riquezas, seus poderes e suas glórias. Um mundo que nos persegue por causa da nossa fé em Cristo.

Como cristãos, nós somos chamados a ser luz e sal nesse mundo (Mateus 5:13-16). Nós somos chamados a não nos conformar com esse século, mas a nos transformar pela renovação do nosso entendimento (Romanos 12.2).

 

 

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