O mistério sobre o que acontece após o último suspiro tem fascinado a humanidade desde o princípio dos tempos. Relatos de pessoas que estiveram à beira da morte e descreveram visões de luzes intensas, paz indescritível e encontros celestiais são comuns, sendo conhecidos na medicina como Experiências de Quase Morte (EQM). No entanto, para o cristão, olhar para além do véu da mortalidade não é apenas uma curiosidade científica, mas uma confirmação das promessas bíblicas sobre a eternidade e a realidade do mundo espiritual que nos aguarda.

A Bíblia não é silente sobre essas visões. Pelo contrário, as Escrituras registram momentos em que os céus se abriram e homens de Deus puderam vislumbrar a glória do Senhor. Essas experiências, muito mais do que fenômenos neurológicos, servem como testemunhos poderosos de que a vida não termina na sepultura. Elas nos lembram que somos peregrinos e forasteiros nesta terra, caminhando em direção a uma pátria celestial, preparada por Deus para aqueles que O amam.

Visão do céu! Experiência quase morte – O Arrebatamento de Paulo ao Terceiro Céu

Um dos relatos mais impressionantes do Novo Testamento encontra-se em 2 Coríntios 12, onde o apóstolo Paulo descreve uma experiência sobrenatural de um homem — referindo-se a si mesmo — que foi arrebatado até ao “terceiro céu”. Paulo afirma que viu coisas inefáveis, palavras que ao homem não é lícito falar. Ele não sabia dizer se estava no corpo ou fora do corpo, tal era a intensidade e a realidade daquela visão espiritual que transcendia a compreensão humana.

Essa experiência marcou profundamente o ministério de Paulo. Ter tido uma “visão do céu” não o tornou arrogante; pelo contrário, deu-lhe uma perspectiva eterna que o capacitou a suportar sofrimentos, prisões e perseguições. Para ele, as aflições do tempo presente não eram nada comparadas com a glória que haveria de ser revelada. A visão do céu serviu como um combustível inesgotável para a sua fé, confirmando que o Reino de Deus é real e palpável.

O Vislumbre de Estêvão na Hora da Morte

Outro exemplo bíblico poderoso ocorre no momento do martírio de Estêvão, registrado em Atos 7. Enquanto era apedrejado, Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus em pé à direita do Pai. Ele exclamou: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé à direita de Deus”. Diferente de uma EQM onde a pessoa retorna, aqui vemos a transição final de um servo fiel sendo recebido pelo seu Senhor.

A visão de Estêvão nos ensina que, nos momentos limiares entre a vida e a morte, o véu pode se tornar tênue para os filhos de Deus. Essa visão não apenas trouxe conforto a Estêvão, permitindo-lhe perdoar seus algozes, mas também serve de consolo para nós hoje. Ela assegura-nos de que não estamos sozinhos no vale da sombra da morte; Jesus está lá, pronto para receber os Seus, transformando o medo da morte na esperança da glória.

A Esperança Viva da Ressurreição

Embora as experiências de quase morte modernas possam ser intrigantes, a nossa fé não se baseia em relatos subjetivos, mas na Palavra de Deus e na ressurreição de Cristo. A Bíblia nos garante que “o que as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9). O céu é um lugar real de comunhão perfeita, onde não haverá mais dor, nem pranto, nem clamor.

Portanto, buscamos viver com os olhos fitos no céu, não como uma forma de escapismo, mas como uma âncora para a alma. A certeza da vida eterna nos motiva a vivermos de maneira santa e irrepreensível aqui na terra. Saber que a morte é apenas uma passagem para a verdadeira vida nos liberta do terror do desconhecido e enche os nossos corações de uma alegria que o mundo não pode tirar.

Visão do céu! Experiência quase morte – Conclusão

Visões do céu e experiências liminares nos recordam da transitoriedade da nossa existência terrena e da permanência do Reino de Deus. Seja através do testemunho de Paulo, da visão de Estêvão ou das promessas de Jesus, a mensagem é clara: existe uma realidade gloriosa aguardando os redimidos. Esta esperança é o que nos sustenta nas tribulações e nos dá coragem para enfrentar o fim da jornada terrena com serenidade.

Que possamos, então, viver cada dia como cidadãos do céu, refletindo a luz da eternidade num mundo temporário. Não precisamos esperar por uma experiência de quase morte para valorizar a vida espiritual; temos a revelação completa nas Escrituras. Que a certeza do céu transforme as suas prioridades hoje, levando-o a buscar o que é eterno e imperecível.

Visão do céu! Experiência quase morte

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