A Arte e Arquitetura no Templo de Salomão
O templo de Salomão foi uma das construções mais magníficas e significativas da história bíblica. Além disso ele foi edificado pelo rei Salomão, filho de Davi, cerca de mil anos antes de Cristo, no monte Moriá, em Jerusalém. Portanto o templo era o lugar onde Deus habitava no meio do seu povo e onde os sacerdotes ofereciam sacrifícios e adoração a ele.
Então neste artigo, vamos explorar alguns aspectos da arte e arquitetura do templo de Salomão, bem como o seu significado espiritual e prático para os cristãos de hoje.
O contexto histórico do templo de Salomão
O templo de Salomão não foi o primeiro santuário construído pelo povo de Deus. Antes dele, existia o tabernáculo, uma tenda móvel que acompanhava os israelitas durante a sua peregrinação pelo deserto, após a saída do Egito. Apesar disso o tabernáculo foi feito segundo o modelo que Deus revelou a Moisés no monte Sinai (Êxodo 25:8-9). Ele continha três partes principais: o átrio, onde ficava o altar dos holocaustos e a bacia de bronze; o lugar santo, onde ficavam o candelabro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso; e o lugar santíssimo, onde ficava a arca da aliança, que guardava as tábuas da lei, a vara de Arão e um vaso com maná (Hebreus 9:1-5).
O tabernáculo simbolizava a presença de Deus no meio do seu povo e a sua aliança com eles. Porém, ele era temporário e transitório, pois os israelitas ainda não tinham uma terra fixa para habitar. Quando eles entraram na terra prometida, sob a liderança de Josué, o tabernáculo foi instalado em Siló (Josué 18:1). Depois, ele foi transferido para outros lugares, como Nobe e Gibeá (1 Samuel 21:1; 22:6). Por fim durante o reinado de Saul, o tabernáculo parece ter sido negligenciado e profanado. Foi somente no reinado de Davi que ele voltou a ter destaque e reverência.
Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém
Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém, a capital do seu reino, e colocou-a em uma tenda que ele preparou (2 Samuel 6:17). Além disso, Davi tinha o desejo de construir um templo permanente para Deus, mas Deus não permitiu que ele fizesse isso, pois ele era um homem de guerra e tinha derramado muito sangue (1 Crônicas 22:8). Em vez disso, Deus prometeu que o seu filho Salomão seria o responsável por edificar o templo (1 Crônicas 22:9-10). Enfim Davi, então, se preparou para esse projeto, juntando materiais e recursos para a obra (1 Crônicas 22:14-16).
Salomão iniciou a construção do templo no quarto ano do seu reinado, cerca de 480 anos depois da saída dos israelitas do Egito (1 Reis 6:1). Logo após ele levou sete anos para concluir a obra, que contou com a ajuda de milhares de trabalhadores e artesãos (1 Reis 5:13-18; 6:38). Posteriormente o templo foi dedicado com grande solenidade e festa, na qual Salomão ofereceu milhares de sacrifícios e fez uma oração de consagração (1 Reis 8:1-66). Enfim, Deus manifestou a sua aprovação enviando fogo do céu para consumir os holocaustos e enchendo o templo com a sua glória (2 Crônicas 7:1-3).
O templo de Salomão era mais do que um simples edifício. Além disso ele era o símbolo da união entre Deus e o seu povo escolhido. Portanto ele representava o cumprimento das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó, de que eles seriam uma grande nação e possuiriam uma terra abençoada. Além disso ele também apontava para o futuro, quando Deus estabeleceria o seu reino eterno sobre toda a terra, com o seu Messias como rei.
A arquitetura do templo de Salomão
O templo de Salomão foi construído seguindo o modelo do tabernáculo, mas com dimensões maiores e mais elaboradas. Ele media cerca de 27 metros de comprimento, 9 metros de largura e 13,5 metros de altura (1 Reis 6:2). Ele estava situado em um grande pátio, cercado por um muro de pedras. ademais dentro do pátio, havia um altar de bronze para os sacrifícios e um mar de bronze, uma grande bacia apoiada em doze bois de metal, que servia para os sacerdotes se lavarem (2 Crônicas 4:1-6).
O templo propriamente dito tinha três partes principais: o pórtico, o lugar santo e o lugar santíssimo. O pórtico era a entrada do templo, que tinha duas colunas de bronze chamadas Jaquim e Boaz, que significam “Ele estabelecerá” e “Nele há força” (1 Reis 7:21). Entretanto o lugar santo era a primeira câmara do templo, onde ficavam o candelabro de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso, todos feitos segundo o modelo do tabernáculo (1 Reis 7:48-50). Por fim o lugar santíssimo era a segunda câmara do templo, onde ficava a arca da aliança, coberta por dois querubins de ouro (1 Reis 6:19-28). Essa câmara era separada do lugar santo por um véu bordado com figuras de querubins (2 Crônicas 3:14).
O templo de Salomão era ricamente adornado com ouro, prata, bronze, pedras preciosas e madeira de cedro. As paredes internas eram revestidas de ouro e esculpidas com figuras de querubins, palmeiras e flores (1 Reis 6:29-35). O teto era feito de madeira de cedro entalhada e coberta de ouro (1 Reis 6:9). Enfim o chão era feito de pedras lavradas e coberto de ouro (1 Reis 6:30). Por fim o templo era iluminado pela luz das lâmpadas do candelabro e pelo brilho dos metais preciosos.
A arte do templo de Salomão
A arte do templo de Salomão não era apenas decorativa, mas também simbólica e didática. Ela expressava a beleza, a glória e a santidade de Deus. além disso ela também ensinava verdades espirituais sobre Deus, o seu povo e o seu plano de salvação. Cada elemento do templo tinha um significado profundo e revelador.
As colunas Jaquim e Boaz representavam a firmeza e a força da aliança entre Deus e Israel. Elas também lembravam que Deus era o fundamento e o sustentador do seu reino.
O altar dos holocaustos representava a necessidade de expiação dos pecados pelo sangue dos animais sacrificados. Ele também apontava para o sacrifício perfeito e definitivo de Jesus Cristo na cruz.
A pia de bronze representava a purificação dos sacerdotes pelo lavar das águas. Ele também simbolizava a purificação dos crentes pelo lavar da palavra de Deus e pelo sangue de Jesus.
O candelabro representava a presença e a iluminação de Deus no meio do seu povo. Ele também simbolizava Jesus como a luz do mundo e os crentes como as luzes do mundo.
A mesa dos pães da proposição representava a provisão e a comunhão de Deus com o seu povo. Ela também simbolizava Jesus como o pão da vida e os crentes como o corpo de Cristo.
O altar do incenso representava a oração e a adoração dos sacerdotes a Deus. Ele também simbolizava Jesus como o nosso intercessor junto ao Pai e os crentes como um sacerdócio real.
A arca da aliança
A arca da aliança representava a presença e a autoridade de Deus sobre o seu povo.
Além disso a arca da aliança, símbolo da presença e autoridade de Deus sobre o seu povo, guardava em seu interior as tábuas dos Dez Mandamentos, representando a lei divina e a aliança entre Deus e os israelitas. Era um objeto de grande poder e reverência, e sua presença era vista como garantia da proteção divina.
Sua construção foi feita de madeira de acácia, coberta de ouro puro, com querubins de ouro em sua tampa. Além disso as dimensões específicas, determinadas por Deus, simbolizando a perfeição e a ordem divina.
Seu significado
- Presença de Deus: A arca era o local onde Deus se manifestava ao seu povo, através da nuvem de glória que pairava sobre ela.
- Autoridade divina: Simbolizava a soberania de Deus e sua lei, que deveria ser obedecida pelo povo.
- Aliança: Representava o compromisso entre Deus e os israelitas, um pacto de amor e fidelidade.
Seu poder
- A arca era capaz de realizar feitos extraordinários, como abrir o Mar Vermelho e derrubar as muralhas de Jericó.
- Sua presença inspirava temor e reverência no povo, e era vista como um símbolo de proteção e segurança.
A arca da aliança desapareceu misteriosamente após a destruição do Primeiro Templo em Jerusalém, em 586 a.C. Seu paradeiro até hoje é desconhecido, alimentando mistérios e lendas ao longo dos séculos.
A Arte e Arquitetura no Templo de Salomão – Conclusão
O templo de Salomão é uma das mais marivilhosas revelação de Deus e de sua sabedoria. além disso o templo, construído conforme o modelo celestial, representa a glória, grandeza e Reino de Deus presente na terra. Ademais a arca da aliança, mesmo com seu desaparecimento, continua a ser um símbolo poderoso da presença e autoridade de Deus. Sua história e significado continuam a inspirar e fascinar pessoas até os dias de hoje.
Reflexões adicionais:
- Ela pode ser vista como um tipo de Jesus Cristo, que é a presença viva de Deus entre nós.
- A obediência à lei de Deus, representada pelas tábuas dos Dez Mandamentos, é essencial para uma vida abençoada.
- A aliança entre Deus e seu povo, simbolizada pela arca, é um símbolo de esperança e salvação.
Referências:
- Êxodo 25:10-22
- 1 Samuel 4-6
- Hebreus 9:1-5
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