Como a ascensão de Jesus foi revelada por Daniel?
A Bíblia é um livro cheio de curiosidades, profecias e revelações. Uma delas é a ascensão de Jesus, o evento que marcou o fim da sua missão terrena e o início da sua intercessão pelos cristãos no céu. Mas você sabia que esse acontecimento foi previsto séculos antes por um profeta chamado Daniel?
Então neste post, vamos ver como Daniel profetizou sobre a ascensão de Jesus e qual é o significado dessa profecia para nós hoje.
O contexto histórico de Daniel
Daniel foi um dos jovens judeus que foram levados cativos para a Babilônia, no século VI a.C., quando o rei Nabucodonosor invadiu Jerusalém e destruiu o templo. Lá, ele se destacou por sua fidelidade a Deus, sua sabedoria e sua capacidade de interpretar sonhos. Ele serviu a vários reis babilônicos e persas, e recebeu diversas visões sobre o futuro do seu povo e das nações.
Uma dessas visões está registrada no capítulo 7 do livro de Daniel. Nela, Daniel viu quatro animais que representavam quatro impérios mundiais: o leão com asas de águia (Babilônia), o urso (Média-Pérsia), o leopardo com quatro asas e quatro cabeças (Grécia) e o animal terrível com dez chifres (Roma). Esses animais simbolizavam o domínio humano sobre a terra, marcado pela violência, pela opressão e pela idolatria.
A revelação da ascensão de Jesus
No meio dessa visão, Daniel viu algo diferente: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem; e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.” (Daniel 7:13-14)
Essa é uma das primeiras referências ao título “Filho do Homem”, que Jesus usou para se identificar como o Messias prometido. Esse título indica tanto a sua humanidade quanto a sua divindade, pois ele é o descendente de Adão que veio cumprir a missão de resgatar a humanidade do pecado e da morte.
A profecia de Daniel
A cena descrita por Daniel é uma alusão à ascensão de Jesus, que aconteceu depois da sua ressurreição. De acordo com os evangelhos, Jesus apareceu aos seus discípulos durante quarenta dias, ensinando-lhes sobre o reino de Deus. Depois, ele os levou até o monte das Oliveiras, abençoou-os e foi elevado ao céu, diante dos seus olhos. Uma nuvem o encobriu da sua vista, e dois anjos lhes disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.” (Atos 1:11)
Ao subir ao céu, Jesus se dirigiu ao Pai, que é chamado de “Ancião de Dias” por Daniel. Esse título expressa a eternidade, a majestade e a soberania de Deus sobre toda a criação. Ao chegar diante do Pai, Jesus recebeu o domínio, a honra e o reino sobre todas as coisas. Ele foi exaltado acima de todo nome, de toda autoridade e de todo poder. Ele se tornou o Senhor absoluto do universo, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
A aplicação prática da profecia
O que essa profecia significa para nós hoje? Em primeiro lugar, ela nos mostra que Jesus é o cumprimento das promessas de Deus feitas aos profetas do Antigo Testamento. Ele é aquele que veio para salvar o seu povo dos seus pecados, para estabelecer o seu reino de justiça e paz, e para preparar um lugar para os seus seguidores no céu. Ele é o centro da história, o alvo das Escrituras e o fundamento da nossa fé.
Em segundo lugar, ela nos mostra que Jesus está vivo e ativo no céu, intercedendo por nós diante do Pai. Então Ele é o nosso advogado, o nosso mediador, o nosso sumo sacerdote. Além disso; Ele nos representa perante Deus, nos defende das acusações do inimigo, nos concede perdão e graça, e nos dá acesso à presença de Deus. Portanto Ele é o nosso amigo, o nosso irmão, o nosso mestre.
Em terceiro lugar, ela nos mostra que Jesus voltará para buscar a sua igreja e para julgar o mundo. Ele virá nas nuvens do céu, com poder e glória, acompanhado dos seus anjos e dos seus santos. Logo após Ele ressuscitará os mortos, transformará os vivos, e reunirá os seus eleitos de todas as nações. Em seguida Ele destruirá os seus inimigos, abolirá o pecado e a morte, e estabelecerá o seu reino eterno na nova terra e nos novos céus. Por fim, Ele é a nossa esperança, a nossa alegria, a nossa recompensa.
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