Os enigmas da Bíblia que você sempre quis desvendar!
A Bíblia é um livro fascinante, cheio de histórias, ensinamentos, profecias e revelações. Mas também é um livro misterioso, que guarda muitos segredos e enigmas que desafiam a nossa compreensão. Portanto é sempre bom criar interesse em ler, estudar e meditar a Bíblia sagrada. Separe um tempo por dia para essa prática saudável. Você só tem a ganhar!
Então, neste post, vamos explorar alguns desses enigmas bíblicos e tentar desvendar o seu significado e a sua aplicação para a nossa vida. Vamos lá?
1. Quem eram os filhos de Deus e as filhas dos homens em Gênesis 6:1-4?
Esse é um dos trechos mais intrigantes da Bíblia, que relata um acontecimento estranho antes do dilúvio: “E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.” (Gn 6:1-4)
Quem eram esses filhos de Deus que se casaram com as filhas dos homens? E quem eram os gigantes que nasceram dessa união? Há várias interpretações possíveis para esse texto, mas nenhuma delas é totalmente satisfatória. Alguns dizem que os filhos de Deus eram anjos caídos que se materializaram e tiveram relações sexuais com as mulheres humanas, gerando uma raça híbrida de seres sobrenaturais. Outros dizem que os filhos de Deus eram descendentes de Sete, o filho piedoso de Adão, que se misturaram com os descendentes ímpios de Caim, o assassino de Abel. Outros ainda dizem que os filhos de Deus eram reis tirânicos que tomavam as mulheres que queriam, violando os direitos humanos e divinos.
O fato é que não sabemos ao certo quem eram esses personagens misteriosos, nem qual foi o seu destino após o dilúvio. O que sabemos é que esse episódio revela a depravação da humanidade antes do juízo de Deus. Bem como a necessidade de uma salvação que só poderia vir do próprio Deus.
2. Onde ficava o jardim do Éden e quais eram os seus rios?
Outro enigma bíblico é a localização do jardim do Éden, o lugar onde Deus colocou o primeiro casal humano para viver em harmonia com Ele e com a criação. A Bíblia nos dá algumas pistas sobre a geografia desse jardim, mas elas são difíceis de conciliar com o mapa atual do mundo. Veja o que diz Gênesis 2:10-14: “E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.
O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. E o ouro dessa terra é bom; ali há obdélio, e a pedra sardônica. Logo após vem o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o oriente da Assíria. Por fim o quarto rio é o Eufrates.”
Rio Tigres e Eufrates
O problema é que esses rios não correspondem aos rios atuais com os mesmos nomes. O Tigre e o Eufrates são dois rios que nascem na Turquia e deságuam no Golfo Pérsico, passando pelo Iraque e pela Síria. Mas eles não se originam de um único rio, nem se encontram com os outros dois rios mencionados. O Giom é identificado por alguns como o Nilo, o maior rio da África, que nasce na Etiópia e deságua no Mar Mediterrâneo, passando pelo Egito e pelo Sudão.
Mas ele também não se conecta com os demais rios. O Pisom é o mais desconhecido de todos, e não há consenso sobre qual rio atual ele se refere. Alguns sugerem que seja o Indo, que nasce no Himalaia e deságua no Oceano Índico, passando pelo Paquistão e pela Índia. Outros sugerem que seja o Ganges, que também nasce no Himalaia e deságua no Oceano Índico, passando pela Índia e por Bangladesh. Mas esses rios também não se relacionam com os outros.
Então, como explicar essa descrição bíblica?
Há algumas possibilidades. Uma delas é que os rios do Éden tenham mudado de curso ou de nome ao longo da história, devido a cataclismos naturais ou intervenções humanas. Outra é que os nomes dos rios do Éden tenham sido dados posteriormente pelos escritores bíblicos, usando nomes de rios conhecidos por eles, mas sem uma correspondência exata. Outra ainda é que o jardim do Éden tenha sido um lugar sobrenatural, que não pode ser localizado geograficamente, mas que representa a presença de Deus na terra.
O que sabemos é que o jardim do Éden foi o cenário da queda do homem, quando Adão e Eva desobedeceram a Deus e foram expulsos do paraíso. Mas também sabemos que Deus prometeu restaurar o seu relacionamento com a humanidade, e que um dia haverá um novo céu e uma nova terra, onde Deus habitará com o seu povo para sempre.
3. Quem escreveu o livro de Hebreus?
O livro de Hebreus é um dos mais profundos e ricos da Bíblia, que explica como Jesus é superior aos anjos, a Moisés, aos sacerdotes e aos sacrifícios do Antigo Testamento, e como ele é o autor e consumador da nossa fé. Mas quem foi o autor humano desse livro? Essa é uma pergunta que tem intrigado os estudiosos da Bíblia há séculos, pois o livro não traz nenhuma indicação explícita de quem o escreveu.
A tradição cristã atribuiu a autoria do livro a Paulo, o apóstolo dos gentios, que escreveu treze cartas no Novo Testamento. Essa atribuição se baseia em alguns argumentos internos e externos. Os argumentos internos são: o estilo literário do livro, que apresenta uma estrutura lógica e retórica; a doutrina do livro, que enfatiza a graça de Deus e a superioridade de Cristo; e as referências pessoais do autor, que menciona Timóteo como seu companheiro (Hb 13:23) e envia saudações aos leitores da parte dos da Itália (Hb 13:24). Os argumentos externos são: o testemunho dos pais da igreja, que citaram o livro como sendo de Paulo; a inclusão do livro no cânon do Novo Testamento, que exigia a autoria apostólica; e a autoridade do autor, que se dirige aos seus leitores como alguém que conhece bem a fé cristã.
No entanto, esses argumentos não são conclusivos, e há muitas objeções à autoria paulina do livro. As objeções são: o vocabulário do livro, que é diferente do usado por Paulo em suas cartas; a teologia do livro, que apresenta uma visão mais sacerdotal e sacrificial de Cristo; e a ausência da saudação típica de Paulo no início do livro. Além disso, há evidências de que o próprio autor não se considerava um apóstolo, mas um discípulo da segunda geração (Hb 2:3).
Diante disso, outros nomes foram sugeridos como possíveis autores do livro de Hebreus.
Alguns deles são: Barnabé, o companheiro de Paulo em sua primeira viagem missionária; Apolo, o eloquente pregador judeu convertido ao cristianismo; Lucas, o médico amado e autor do evangelho e dos Atos dos Apóstolos; Priscila, uma das mulheres mencionadas nas cartas de Paulo. No entanto, cada uma dessas propostas tem os seus próprios desafios e lacunas de provas.
A verdade é que, mesmo após séculos de estudo e reflexão, a questão da autoria do livro de Hebreus permanece sem uma resposta definitiva. Os estudiosos continuam a debater e explorar novas perspectivas, ao mesmo tempo em que confirmam que pode ser impossível conhecer o autor humano com certeza.
Essa incerteza, no entanto, não diminui a importância e a relevância do livro de Hebreus dentro do cânon bíblico. Independente de quem tenha sido o autor, o conteúdo do livro continua a inspirar e aprofundar a compreensão da fé cristã. A ênfase na supremacia de Jesus Cristo, na sua obra redentora e na importância da fé perseverante permanece como ensinamentos fundamentais para os cristãos.
Outro fator importante a considerar
Além disso, a própria ambiguidade em torno da autoria do livro pode servir como um convite à reflexão sobre a natureza da inspiração divina nas Escrituras. Afinal, muitos livros da Bíblia foram escritos por diferentes autores em contextos variados, mas todos são considerados parte da revelação divina.
Independentemente de quem tenha sido o instrumento humano por trás da escrita de Hebreus, os cristãos podem encontrar conforto e orientação nas verdades espirituais profundas contidas no livro. A busca pela compreensão da autoria pode ser fascinante do ponto de vista acadêmico, mas a mensagem central do livro continua a ser a exaltação de Jesus como o Sumo Sacerdote perfeito e o fundamento inabalável da fé.
Na última análise, a incerteza sobre a autoria do livro de Hebreus não diminuiu sua importância teológica e espiritual. Continua a desafiar os leitores a contemplar a grandiosidade de Cristo e a viver uma fé que persevera diante das adversidades, independentemente de quem tenha sido o escrito inspirado por Deus para registrar essas verdades atemporais.
Os enigmas da Bíblia que você sempre quis desvendar!
Decerto você dea ter aí na mente muitas curiosidades em relação a Bíblia sagrada. Mas fique tranquilo isso é normal e muito comum. Uma dica é procurar ler, estudar e buscar cada vez mais conhecimento da Palavra de Deus. Além disso além de agradar a Deus, vai lhe gerar muito mais conhecimento e lições práticas para seu dia a dia.
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