Como Gideão derrotou os midianitas com 300 homens?
Você já se perguntou como foi possível que um pequeno exército de apenas 300 homens vencesse uma grande multidão de inimigos? Essa é a história de Gideão, um dos juízes de Israel, que Deus usou para libertar o seu povo da opressão dos midianitas.
Neste artigo, vamos conhecer os detalhes dessa incrível façanha, que nos ensina lições valiosas sobre fé, obediência e confiança em Deus.
O contexto histórico e geográfico
Para entendermos melhor o cenário em que se desenrola a história de Gideão, precisamos voltar um pouco no tempo e situar-nos no período dos juízes. Os juízes eram líderes que Deus levantava para governar e guiar o povo de Israel, depois da morte de Josué, que havia conduzido a conquista da terra prometida. Nessa época, não havia um rei em Israel, e cada um fazia o que achava certo aos seus próprios olhos (Juízes 21:25).
Infelizmente, o povo de Israel se desviou do Senhor e se envolveu na idolatria, adorando os deuses dos povos vizinhos. Por causa disso, Deus permitiu que eles fossem oprimidos e dominados por essas nações, como forma de disciplina e correção. Uma dessas nações era a dos midianitas, um povo descendente de Abraão com Quetura, sua segunda esposa (Gênesis 25:1-2).
Os midianitas eram nômades, que viviam no deserto da Arábia. Eles se aliaram aos amalequitas e aos povos do oriente para invadir e saquear a terra de Israel. Além disso eles entravam na terra como gafanhotos, em grande número, e destruíam as plantações, os rebanhos e as casas dos israelitas. Ademais eles deixavam o povo na miséria e na fome, sem recursos para sobreviver. Entretanto essa situação durou sete anos, até que o povo clamou ao Senhor por socorro (Juízes 6:1-6).
A escolha e a vocação de Gideão
Foi nesse contexto que Deus escolheu Gideão para ser o libertador de Israel. Gideão era filho de Joás, da tribo de Manassés. Ele estava malhando trigo no lagar, para escondê-lo dos midianitas, quando o anjo do Senhor apareceu para ele e lhe disse: “O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6:12). Gideão ficou surpreso com essa saudação, pois ele se considerava o menor da sua família, que era a mais pobre da sua tribo. Ele também questionou onde estava o Deus que havia feito maravilhas no passado, libertando o seu povo do Egito.
O anjo do Senhor então lhe disse que ele seria o instrumento de Deus para salvar Israel dos midianitas. Ele lhe ordenou que reunisse os homens da sua tribo e se preparasse para a batalha. Gideão pediu um sinal ao anjo, para ter certeza de que era mesmo Deus quem lhe falava. Ele ofereceu um sacrifício ao anjo, que tocou com seu cajado e fez fogo consumir a oferta. Depois disso, o anjo desapareceu (Juízes 6:13-22).
Gideão ainda teve mais duas confirmações da parte de Deus.
A primeira foi quando ele derrubou o altar de Baal que havia na casa de seu pai, e construiu um altar ao Senhor. Ele fez isso à noite, com medo dos homens da cidade, que ficaram furiosos quando viram o que ele havia feito. Eles queriam matar Gideão, mas seu pai o defendeu, dizendo que se Baal era mesmo um deus, ele mesmo deveria contender com Gideão. Por isso, Gideão recebeu o apelido de Jerubaal, que significa “Baal contenda contra ele” (Juízes 6:23-32).
A segunda confirmação foi quando ele colocou um velo de lã no terreiro, e pediu a Deus que o molhasse com orvalho, mas deixasse a terra seca. No dia seguinte, ele viu que o velo estava encharcado, mas a terra estava seca. Ele ainda pediu a Deus que fizesse o contrário na outra noite, e assim aconteceu. O velo ficou seco, mas a terra estava molhada. Com isso, Gideão teve certeza de que Deus estava com ele, e que ele deveria enfrentar os midianitas (Juízes 6:33-40).
A redução e a estratégia do exército – Como Gideão derrotou os midianitas com 300 homens?
Gideão convocou os homens das tribos de Manassés, Aser, Zebulom e Naftali para se juntarem a ele na luta contra os midianitas. Eles eram cerca de 32 mil homens, mas ainda assim eram muito inferiores aos inimigos, que eram 135 mil (Juízes 8:10). No entanto, Deus disse a Gideão que o seu exército era grande demais, e que ele deveria reduzi-lo, para que Israel não se glori
asse contra ele, dizendo que foi pela sua própria força que venceu os midianitas.
Deus então ordenou a Gideão que mandasse embora todos os homens que estavam com medo. Vinte e dois mil homens voltaram para casa, restando apenas dez mil. Mas Deus ainda achou que era muito, e disse a Gideão que levasse os homens até o rio, e os fizesse beber água. Aqueles que bebessem água lambendo como cães seriam separados dos que se abaixassem para beber com a boca na água. Apenas trezentos homens beberam lambendo como cães, e foram esses que Deus escolheu para acompanhar Gideão na batalha. Os outros sete mil e setecentos foram mandados de volta (Juízes 7:1-8).
Deus ainda encorajou Gideão – Como Gideão derrotou os midianitas com 300 homens?
Deus ainda encorajou Gideão, dizendo-lhe que descesse ao acampamento dos midianitas à noite, e ouvisse o que eles estavam falando. Gideão obedeceu, e levou consigo o seu servo Pura. Eles chegaram perto de uma das tendas dos midianitas, e ouviram um homem contando um sonho a outro. Ele disse que sonhou que um pão de cevada rolava pelo acampamento dos midianitas, e derrubava uma tenda. O outro homem interpretou o sonho, dizendo que era a espada de Gideão, o israelita, que Deus havia entregue nas suas mãos todo o acampamento dos midianitas. Quando Gideão ouviu isso, ele adorou a Deus, e voltou animado para o seu exército (Juízes 7:9-15).
Gideão então dividiu os seus trezentos homens em três grupos de cem cada. Ele deu a cada homem uma trombeta, uma tocha e um cântaro vazio. Ele ordenou que eles fizessem exatamente como ele fizesse. Eles deveriam cercar o acampamento dos midianitas à meia-noite, quando eles estivessem dormindo. Eles deveriam tocar as trombetas, quebrar os cântaros e levantar as tochas, gritando: “Pela espada do Senhor e de Gideão!” (Juízes 7:16-18).
A vitória e a aplicação prática – Como Gideão derrotou os midianitas com 300 homens?
Os trezentos homens fizeram conforme Gideão havia ordenado. Eles tocaram as trombetas, quebraram os cântaros e levantaram as tochas ao redor do acampamento dos midianitas. O Senhor fez com que os midianitas se assustassem e se confundissem uns com os outros. Eles começaram a matar uns aos outros com as suas próprias espadas. Alguns fugiram em direção ao rio Jordão, mas foram perseguidos por Gideão e pelos outros israelitas que se juntaram a ele pelo caminho. Gideão ainda capturou os dois reis dos midianitas, Zeba e Salmuna, e os matou (Juízes 7:19-25; 8:1-21).
Gideão, guiado pela fé e estratégia, alcançou uma vitória surpreendente sobre os midianitas. A notícia foi comunicada rapidamente entre as tribos de Israel, inspirando um renovado senso de coragem e unidade. O povo liderou o poder divino na intervenção decisiva durante a batalha.
A vitória não foi apenas um triunfo militar, mas também trouxe uma aplicação prática para a nação. Gideão, agora visto como um líder capaz, começou a implementar reformas e promover o entusiasmo ao verdadeiro Deus. As tribos de Israel começaram a se unir mais firmemente, superando divisões e desconfianças passadas.
Com os midianitas derrotados, a região experimentou uma era de relativa paz. Gideão liderou a supervisão de cidades e incentivou a agricultura, trazendo prosperidade para a terra. O episódio serviu como um exemplo da importância da confiança em Deus e da unidade entre o povo.
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